Desde os anos 50, imersa em conflitos com a Coréia do
Norte, a Coréia do Sul vive um clima de instabilidade e desconfiança. As
hostilidades cessaram sem que houvesse, até hoje, um acordo de paz oficial. Com forte apoio dos Estados Unidos a Coréia do
Sul se desenvolveu, ao contrário de sua irmã do Norte que mantém-se nos padrões tecnológicos não muito diferentes dos que possuía após a 2ª GM.
A indústria de defesa sul-coreana é uma das mais modernas do mundo, e suas forças militares igualmente bem treinadas e equipadas como as melhores do
planeta, buscando a todo momento a sua atualização. A florescente nação asiática
se prepara constantemente para o futuro. Um exemplo de sua capacidade é o
desenvolvimento do MBT K-1, veículo que supera com folga o
desempenho e poder de fogo dos similares do norte
e outros concorrentes regionais.
Para manter-se na vanguarda tecnológica, em meados dos
anos 90 a jovem indústria de defesa sul-coreana lançou-se no desenvolvimento de seu novo MBT. A nova arma seria
extremamente moderna e visava entre outros interesses a exportação para países
sobre embargo ou restrições de transferência de tecnologias e armas por parte
dos Estados Unidos. Inicialmente destinava-se a completar
a defesa coreana e posteriormente substituir os modernos K-1 a partir de 2011.
O novo projeto recebeu o nome código XK-2 e consiste num
MBT equipado com as mais avançadas tecnologias aplicadas ao
combate terrestre no momento. O K-2 é visto por alguns analistas como sendo um carro de
combate equivalente aos norte-americanos M-1A2 e Leopard 2A6 alemão, o que já
demonstra a maturidade tecnológica e o grande esforço dos engenheiros deste país em produzir um veículo com capacidades militares e potencial para
conquistar o mercado externo.
A ORIGEM
Em 1995, a Agência para o Desenvolvimento de Defesa
Sul-Coreana recebeu de seu ministério da defesa a importante
tarefa de desenvolver um moderno MBT, com base em
tecnologias nacionais coreanas no estado da arte. Apesar da formidável capacidade dos seus carros K1 e K1A1
inegavelmente superiores aos projetos norte-coreanos existentes que em sua
maioria consistem em envelhecidos carros T-55 e T-59, buscou-se produzir um “veículo do Futuro”, capaz de fazer frente aos
outros MBTs asiáticos que estavam em desenvolvimento, na Rússia,
China e Japão.
A ênfase em tecnologias nacionais também permitiria que o
veículo fosse proposto para entrar no mercado de exportação, sem embargos de origem. Esta mudança de visão por parte dos coreanos visava entre outras
coisas, equacionar e reduzir os custos de desenvolvimento da nova arma que como
se esperaria, seria elevado.
O projeto do XK-2 coube então à agência local em parceria à francesa GIAT industries e a Alemã Diehl, que desenvolveram o projeto do carro
XK-2. A construção e montagem seriada dos veículos foi destinada a Rotem,
empresa do grupo Hyundai, fabricante dos carros K-1. A meta de nacionalização
alcançada no projeto XK-2 supera 90% dos componentes existentes no veículo.
O projeto estava pronto para entrar em produção em 2006,
11 anos após o inicio do desenvolvimento, custando cerca de US$ 230 milhões. O veículo entrou em produção pela Rotem em Changwon, em 2 de
Março de 2007. Em Março de 2011, a DAPA (Defense Acquisition Program
Administration) anunciou que a produção em massa do novo MBT
K2 para seu exército teria início em 2012. Entretanto, surgiram problemas nos motores e transmissão, que acabaram por atrasar
o início da produção, que não aconteceu até meados de
2013.
Falhas de confiabilidade e durabilidade dos motores produzidos domesticamente levaram os
primeiros 100 K2 de produção a usar um motor MTU,
atrasando a IOC para Março de 2014. O projeto previa que o K2 seria movido por um motor
nacional produzido pela Doosan Infracore Corporation. O motor seria
concebido e baseado no Alemão MTU-890, diesel de 12 cilindros, que deveria
desempenhar 1.500 HP (1.100 kW) e seria acoplado a um sistema de transmissão C
& T Dynamics Transmission. No entanto, problemas técnico evidenciaram-se nos testes que se sucederam e levaram aos atrasos de 2 anos.
Para muitos este problemas fariam por desmerecer o projeto, entretanto ressalta-se que foram buscadas alternativas próprias sempre que possível, com a complexidade de tecnologias envolvidas comofatores a ser considerados, especialmente quanto a motorização e
um veículo desta natureza. Pode-se dizer que este atraso seria esperado, frente
as variadas e complexas empregadas.
Novas tecnologias foram implementadas como uma torre da arma
principal não tripulada, operada remotamente, mas posteriormente esta solução foi descartada. Em busca de maior poder de fogo e capacidade de
destruição das blindagens compostas que se encontravam em franco crescimento,
os projetistas imaginaram equipar o carro com uma arma de cano liso de 140 mm
produzida pela Rheinmetall. Segundo informações, o descarte desta arma
alternativa só foi tomado devido ao desinteresse da Rheinmetall, produtora do
canhão, que por razões internas, resolvera abandonar o projeto concentrando
esforços no desenvolvimento da sua arma mais atual, o canhão 120 mm – L55, que
segundo o fabricante teria a mesma eficácia que a arma de 140 mm, sendo
suficiente para contrariar ameaças de blindados potenciais num futuro previsível.
SISTEMAS DE ARMAS
Com o cancelamento do projeto do canhão de 140 mm, os
projetistas buscaram junto ao fabricante a alternativa da arma mais poderosa
que poderia existir no inventário internacional. Como não existia tecnologia para produção de um
canhão com as especificações que se desejava, a solução viria por
meio da Rheinmetall e seu novo modelo L55, uma arma de
alma lisa que passou a ser produzida sob licença.
O sistema de arma principal idealizado pelos projetistas coreanos e franceses, fazia uso de carregador automático, semelhante ao sistema
que fora projetado para MBT Francês, Leclerc. A arma coreana poderia assim disparar em cadência elevada de até 20 tpm, ou seja, um disparo à cada 3
segundos.
O Black Panther pode utilizar toda a variedade de munições 120 mm operadas pelos seus predecessores, os carros
de combate K1 e K1 A1, em especial as munições APFSDS. Porém para esta nova
arma os projetistas prepararam duas surpresas
especiais: a reserva de 16 tiros, com uma capacidade total de 40. Além da munição de 120 mm existente, foi implementado um desenvolvimento local anti-tanque de tungstênio (APFSDS) especial. Esta nova munição consiste num penetrador de
energia cinética, que oferece significativamente maior capacidade de penetração
que qualquer arma semelhante atualmente em operação. Segundo o fabricante, uma tecnologia própria permite que
o núcleo da ogiva não se fragmente ou deforme, mantendo a sua integridade e
capacidade de penetração.
Para atacar alvos não protegidos, o K2 pode usar munição multipropósito química HEAT, similares às americanas M830A1 HEAT MP-T,
proporcionando boas capacidades ofensivas contra tropas, veículos sem
blindagem ou levemente blindados, bem como helicópteros em voo
baixo.
Outra arma especial do veículo é a Korean Smart
Top-Attack Munition (KSTAM), uma munição do tipo "dispare-e-esqueça",
que atinge o carro de combate por uma de suas regiões mais frágeis, o
topo. Esta munição anti-carro possui um alcance
de funcionamento eficaz entre 2-8 km, e foi especificamente desenvolvida para o emprego nos veículos K2.
Ela é lançada como um projétil de energia cinética,
disparado da arma principal em um perfil de elevação maior. Ao chegar a sua área de destino designado, um pára-quedas
é aberto e um radar de banda milimétrica e sensores radiométricos, além de sistemas de IR iniciam a
busca por alvos fixos ou móveis. Uma vez que o alvo é adquirido, uma carga explosiva com
um penetrador é disparada a partir de uma posição de cima para baixo, atingindo
a armadura do veículo oponente numa de suas regiões mais vulneráveis, o
topo do casco e torre. A busca pelo alvo pode também ser executada manualmente
pela tripulação do carro, por meio de sistema de data-link. Estas
características permitem que o veículo de lançamento se esconda atrás de
coberturas enquanto dispara sucessivas cargas para a localização de um inimigo
conhecido, ou ainda, preste apoio efetivo com fogo indireto contra alvos
escondidos atrás de obstáculos e estruturas.
Além da arma principal o veículo utiliza-se de armas
secundárias como a metralhadora pesada K-6 de 12,7 mm e metralhadora
coaxial de 7,62 mm.
BLINDAGEM E PROTEÇÃO
O MBT coreano possui um sistema de blindagem
composta cujos detalhes são sigilosos. Segundo os testes com fogo
real, a armadura frontal do casco suporta eficazmente os disparos de
munições APFSDS 120 mm lançados a partir do canhão L55. No futuro as novas
versões do veículo terão também inclusas na armadura, sistemas de blindagem
reativa explosivas, com a adição de Non-Explosive Reactive
Armour (NERA) planejado para a versão K2 PIP.
Encontra-se em desenvolvimento um programa denominado
KAPS ou Korean Active Protection System, que em suma, destina-se a
desenvolver localmente um sistema de proteção ativa como o israelense “Trophy”
ou o Russo “Arena”, no qual o sistema se baseia. O sistema proverá a defesa ativa dos veículos contra as
armas anticarro. Segundo informações do fabricante o sistema utiliza-se da
detecção tridimensional e acompanhamento por radar e um termovisor para
acompanhar as ameaças. Ogivas podem ser detectadas à 150 metros do veículo e
após isso uma carga é disparada com vistas a destruir a ameaça num perímetro
superior a 10 m do veículo. Segundo o fabricante o sistema encontra-se em fase
final de testes e é capaz de neutralizar ameaças provenientes de lança-granadas
antitanque e mísseis guiados. O sistema pode ser instalado em outras plataformas no
futuro, e seu valor unitário é estimado em cerca de US$ 600 mil.
Para auto-defesa o Black Panther faz uso de um
sistema de radar de banda milimétrica montado na torre que é capaz de operar
como um sistema de alerta de ataques de mísseis MAWS. O computador do veículo por sua vez, pode triangular sinais
de projéteis e avisar imediatamente a tripulação ao mesmo tempo que
dispara o sistema de interferência a laser, por meio do lançamento de granadas
de fumaça (VIRSS) 2×6, bloqueando assinaturas ópticas, infravermelho e de
radar.
Uma vez que as medidas defensivas forem plenamente
instaladas, o sistema de radar também será responsável pelo acompanhamento e
orientação dos mísseis. O veículo também é equipado com um sistema IFF, um Radar RWR e um jammer de radar.
Quatro receptores de LWR também estão
presentes para alertar a tripulação quando o veículo está sendo “iluminado” por
um sistema de disparo, com sistema automático que dispara as granadas VIRSS na
direção incidente do feixe laser.
O sistema de supressão de incêndio automático é
programado para detectar e apagar todos os fogos internos que podem ocorrer e
os sensores atmosféricos alertam a tripulação sobre os perigos atmosféricos
dentro e fora do carro.
O K2 está equipado com um avançado sistema de controle de
fogo (FCS), ligado a um sistema de radar de banda milimétrica, implantado no arco
frontal da torre, junto com um identificador laser e um sensor de velocidade
de vento. O sistema é capaz de operar em modo “lock-on“, de
adquirir e seguir alvos específicos até uma distância de 9,8 km, usando os
sistemas ópticos e termais. Isso permite que a tripulação dispare com precisão
enquanto se move, bem como possa engajar efetivamente aeronaves voando baixo. O FCS também está ligado a um estabilizador avançado de
arma e a um mecanismo de disparo com atraso para otimizar a precisão enquanto
se move em terreno irregular. Se o gatilho da arma principal for puxado no momento em
que o veículo se encontra em uma irregularidade no terreno, a oscilação do cano
da arma vai causar desalinhamento temporário entre um emissor de laser na parte
superior do cilindro e um sensor na base. Isto irá retardar o FCS,
até que o feixe seja novamente realinhado, melhorando as chances de acertar o
alvo pretendido.
Especula-se que o FCS pode detectar automaticamente e rastrear alvos visíveis, compará-los usando o link de dados estabelecido com outros veículos para evitar a redundância de disparos da arma principal sem intervenção manual. O K2 foi planejado para um ambiente de guerra centrado em redes e possui uma eleva gama de sistemas que amplificam a consciência situacional da tripulação, plenamente imerso na filosofia C4I. Possui sistema de orientação por GPS (Global Positioning Satellite), sistema IFF/SIF (Identificação Friend or Foe / Selective Identification Feature) compatível com STANAG 4579, com o sistema localizado logo acima da arma principal, e dispara um feixe de 38 GHz na direção da arma para uma resposta do alvo (veículo). Se um sinal de resposta adequada é mostrada, o sistema de controle de fogo identifica automaticamente se amigo ou não. Se o destino não responder ao sinal de identificação, este é automaticamente declarado como um hostil.
O Sistema de Gestão da Batalha (Similar ao Sistema de Informação Inter-Veicular usado no exército dos Estados Unidos) permite que o veículo compartilhe seus dados com unidades aliadas, incluindo veículos blindados e helicópteros. Os coreanos trabalham agora para ampliar as capacidades do K2 integrando-o a um veículo XAV de reconhecimento não tripulado sobre rodas, que proverá a capacidade de explorar remotamente uma área sem expor a sua posição.
O veículo é equipado com um visor primário para o
artilheiro denominado Korean Gunner Primer Sight (KGPS), já o
comandante do veículo possui um segundo sensor o Korean Commander
Panoramic Sight (KCPS). Estes sistemas são os mesmos empregados nos
carros K1 e K1A1, porém, tratam-se de versões atualizadas e mais avançadas. Para o Programa K2 PIP, uma nova gama de visores termais
e sistemas eletro-ópticos estão sendo desenvolvidos. O comandante do carro tem a capacidade de assumir o controle da torre e arma do artilheiro. O veículo pode
ser operado por apenas dois tripulantes, ou até mesmo um único membro da
tripulação.
MOTORIZAÇÃO E MECÂNICA
Um motor diesel de 4 tempos, com 12
cilindros e refrigerado a água de 1.500 hp (1.100 kW) fornece a potência necessária, o que permite desempenhar uma velocidade de 70 km/h na estrada. O veículo é capaz de acelerar de zero à 32
km/h em 7 s e manter velocidades de até 52 km/h em condições "off-road".
suporta rampas frontais de 60º e obstáculos
verticais de 1,3 m de altura. Devido à concepção relativamente compacta do motor, os
seus projetistas foram capazes de encaixar um mecanismo adicional no sistema de
propulsão, na forma de uma turbina a gás Samsung Techwin que amplia a potência, conferindo-lhe 100 CVs (75 kW) extras. Esta turbina funciona também como uma unidade auxiliar de
potência com a qual o carro pode ligar seus sistemas de bordo quando seu motor
principal estiver desligado. Fora isso, permite uma economia de combustível
quando em marcha lenta e minimiza as assinaturas térmicas e acústicas do
veículo.
Pode ainda atravessar vaus de 5 m, usando um sistema especial de snorkel, que também serve como
uma torre de comando para o comandante do veículo. O sistema leva cerca de 30 minutos para ser preparado. A
torre torna-se estanque, mas o chassis é carregado com até 500 litros de água
para evitar a flutuação, mantendo o veículo em contato com o solo. O
reservatório pode ser esvaziado permitindo ao veículo entrar em combate tão
logo atinja a superfície.
O veículo possui um avançado sistema de suspensão,
chamado In-arm Suspension Unit (ISU), que permite o controle
individual de cada elemento. Isso permite que o K2
possa inclinar-se em dois eixos. Permite diminuir seu
perfil o que também possibilita melhor dirigibilidade em estradas. Pode ganhar maior distância ao
solo permitindo melhor manobrabilidade em terrenos acidentados. Ao inclinar-se o veículo alcança uma gama angular maior para
o cano da arma, que pode elevar-se ou abaixar-se, permitindo o
disparo de sua principal arma em ângulos negativos, bem como engajar aeronaves voando
baixo de forma mais eficaz. A unidade de suspensão também amortece o chassis a partir
de vibrações ao se deslocar sobre terrenos irregulares.
FICHA TÉCNICA
Dimensões e peso
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Comprimento
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10 m
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Largura
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3,6 m
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Altura
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2,5 m
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Peso
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55-61 ton
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Propulsão e Técnica
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Motor
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MTU 4 tempos 12 Cilindros
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Potência/ Hp
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1500, 1100 HPs
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Relação peso / potência / hp/ton
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27,2 hp/ton
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Suspensão
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In arm Suspension Unit
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Performance
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Velocidade Max
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70 km/h
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Autonomia
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450 km
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Inclinação máxima
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60 º
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Armamento e armadura
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Sistemas de tiro
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Computadores de tiro digitais, estabilizadores, telêmetro laser,
canhão automático.
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Armamento primário
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1 canhão L 55 120 mm 40 projéteis
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Armamento secundário
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1 metralhadora K6 12,7mm com 3200 projéteisMetralhadora 7,62mm
com 12000 projéteis
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Armadura
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Composta com sistema ERA NERA e sistemas adicionais ativos KAPS.
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Armadura frontal
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Capacidade de proteção contra munições APFSDS 120mm
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CONCLUSÕES
Alcançando a vanguarda no desenvolvimento de armamentos
de elevado valor estratégico, a Coréia do Sul projetou um carro de combate de
primeira linha, construído sobre um princípio de constante atualização e
adequação o que garante-lhe a sobrevivência nos mais variados cenários da
guerra moderna. Superando os seus Predecessores K1 e K1A1 especialmente
por ser mais adaptado aos conflitos assimétricos, o K2 Black
Panther não só demonstrou aos críticos do seu projeto a necessidade da
“reinvenção” de um novo MBT baseado em novos critérios, como delimitou novos
parâmetros necessários para os futuros MBT. Um veículo capaz de operar em
ambiente centrado em redes, que transfere e recebe informações sobre o campo de
batalha, que atua ativa e passivamente nas ECM interferindo e “escutando” o inimigo.
Fora isso o K2 passa agora por amplo programa de
atualização denominado K2 PIP (product improvement program) que visa prover ao
veículo melhorias que incluem:
- Atualização da unidade de suspensão semi-ativa.
- Integração de um sistema de varredura de terreno de
alta-resolução para o sistema de suspensão do veículo.
- Integração de defesa ativa KAPS.
- Adição de blindagem Non-Explosive Reactive
Armor (NERA).
- Potencialmente o programa visa substituir a arma 120 mm/L55 por uma arma química-eletroquímica.
Todos estes itens por si só demonstram que embora seja
moderno e especializado, o MBT K2 Black Panther possui ainda um potencial de
evolução que certamente o manterá no seleto grupo da linha de frente dos
melhores carros de combate do mundo.