Mostrando postagens com marcador EUA. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador EUA. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 1 de setembro de 2021

M25 Dragon Wagon (45)

 


A campanha das tropas britânicas no norte da África resultando no abandono dos blindados danificados por falta de capacidades logísticas, evidenciou aos norte-americanos a falta de um veículo especializado capaz de recuperar e transportar veículos imobilizados, seja em combate ou por problemas mecânicos, que por sua vez tiveram a infeliz consequência de levar a perda de numerosos blindados desnecessariamente deixados para trás e/ou destruídos. A partir desta constatação, foi dada ênfase a necessidade de um veículo “off-road”, capaz de transportar e recuperar todos os veículos norte-americanos então em serviço, em particular o M4 Sherman.

O M26 entrou em ação pela primeira vez na Frente Italiana de 1943, e mais tarde foi amplamente usado no avanço dos Aliados no interior da França, após a invasão na Normandia. Em todos os tipos de clima e mesmo sob fogo, de dia ou noite, as equipes de reparos cumpriam continuamente seu dever de recuperar e reparar blindados danificados.

Diversas empresas, algumas das quais especializadas na fabricação de máquinas pesadas para mineração e pedreiras, apresentaram e expuseram seus trabalhos. O desenho finalmente aceito, e que entrou em serviço em meados de 1943, foi batizado de M25. Consistia em um cavalo mecânico M26, construído pela Pacific Car and Foundry Company, Renton (Washington), e um semi-reboque M15, construído pela Fruehauf Company. Devido à sua finalidade e tamanho imponente, recebeu o apelido de "Dragon Wagon".



Projetado pela Knuckey Truck Company de San Francisco (especializada em projetos de caminhões de mineração e pedreiras), os primeiros tratores foram construídos em configuração blindada para recuperações no campo de batalha e foram entregues ao Exército no final de 1943. Mas como Knuckey não podia produzir os veículos em número suficiente, A Pacific Car and Foundry Company, de Renton Washington, foi contratada e acabou fabricando a maioria dos “Dragon Wagons” durante o período de produção de 5 anos. Em 1944, um segundo modelo sem blindagem com teto de lona (M26A1) substituiu o modelo blindado original nas linhas de produção e, no final da produção, mais de 1.270 de ambos os modelos tinham sido concluídos.

O trator 6x6 M26 tinha uma cabine blindada que protegia a tripulação de 7 integrantes do fogo de armas leves e fragmentos de artilharia. O motor era um Hall-Scott 440 de 6 cilindros a gasolina, capaz de fornecer 240 bhp, propulsando o veículo por meio de um eixo de transmissão com pivô central e uma transmissão por corrente para o truck com 4 conjuntos de pneus duplos em 2 eixos, patenteada para o conjunto do “bogie” traseiro, com pneus 1400 x 24. Tinha uma transmissão de 4 velocidades e uma caixa de transferência de 3 velocidades, permitindo um total de 12 velocidades, geralmente o suficiente para dirigir dentro e fora de estrada. Controladores de velocidade foram instalados para limitar a velocidade a 45 km/h. A transmissão por corrente nas rodas traseiras provou ser uma das características mais notáveis ??do M26, já que a corrente era do tipo autolubrificante contínuo e constantemente jogava óleo ao longo da estrada. O peso do trator M26 era de 21 toneladas e seu consumo de combustível girava em torno de 1 km/l, mesmo em boas estradas. O semi-reboque M15 podia levar uma carga de até 40 toneladas, o suficiente para dar suporte ao M4 Sherman, o principal "cliente" dos “Dragons Wagons”. O peso da carreta era de 17,5 toneladas e contava com 2 rampas dobráveis ??para carregar os veículos. As rodas traseiras podem ser movidas horizontalmente (aumentando o comprimento dos eixos), para facilitar o carregamento de veículos com larguras diferentes, bem como a utilização de rampas de aço montadas sobre os pneus traseiros evitando o contato com os pneus. Os freios, operados a ar, atuavam apenas nas rodas traseiras e haviam controles manuais separados montados na coluna de direção para operar os freios do semi-reboque. O M15 teve sua capacidade de carga útil aumentada de 40 toneladas para 45 toneladas e foi conhecido como M15A1, com coberturas articuladas sobre as rodas traseiras, modificado para carregar blindados mais pesados no pós-guerra. O M15A2 foi uma versão mais reforçada, alguns deles permanecendo em serviço até a guerra do Vietnã.



Media M26 7,72 m; M15 11,71 m de comprimento; M26 4,32 m e M15 3,81 m de largura e M26 3,48 m de altura. A armadura do M25 tinha frontais de 19 mm e traseira de 6,4 mm. Sua autonomia era de 193 km. Possuía 3 guinchos, um na frente que podia arrastar 18 toneladas e 2 atrás da cabine, cada um com capacidade para 30 toneladas. No teto da cabine, havia um anel deslizante instalado no qual uma metralhadora calibre .50 HMG podia ser instalada. A tripulação tinha armamento pessoal padrão, granadas de mão e sinalizadores. O conforto do motorista e 6 tripulantes era pouco, embora contasse com sistema hidráulico de direção. Era uma compensação muito pequena por ter que sentar dentro de uma caixa blindada ao lado de um dos maiores motores a gasolina do mundo, e operar um veículo deste porte sem esta facilidade seria complicado.


A tripulação também tinha ferramentas para realizar o trabalho de recuperação: equipamento de solda completo, um compressor de ar, correntes, cabos de reboque, polias hidráulicas de 10 e 20 toneladas ... etc. Um pequeno guindaste poderia ser instalado atrás da cabine para levantar cargas leves, ou para mudar uma roda. Além disso, na parte traseira do motor principal havia uma estrutura dobrável em A que poderia ser erguida e travada em diferentes posições para facilitar o arrasto dos veículos recuperados.

Um motorista que operou um “Dragon” relatou suas experiências com um dos veículos:

“Quando fui selecionado para dirigir o “Dragon”, ficou óbvio que ficaria na linha de frente a maior parte do tempo. A primeira coisa que fiz foi remover os controles de velocidade e ajustar o motor para ganhar velocidade máxima. Eu poderia levar o velocímetro a 80 km/h com um tanque totalmente carregado. Não havia nada nas estradas da Itália ou da França que pudesse me impedir por causa de seu enorme tamanho. Poderíamos parar, carregar ou arrastar um blindado para fora da zona de combate minutos após a chegada.”


“Minha melhor lembrança foi quando cruzei com um Sherman preso em um pântano no sul da França. O blindado estava a cerca de 300 metros no pântano e afundou até a torre. Havia 3 outros Shermans conectados tentando puxá-lo, que não conseguiram movê-lo uma polegada! Eu disse: “vocês precisam de uma mãozinha?” e eles deram uma olhada no meu equipamento e riram. Se nós não conseguimos retirá-lo, seu caminhão certamente não pode. Eles removeram os cabos e eu dirigi a plataforma através do pântano e recuei até o blindado. Engatei os 2 guinchos, puxei-o para cima e saí em minutos. Eles não podiam acreditar no que viam.”

No final da guerra, a necessidade de um veículo de recuperação de campo de batalha com rodas foi reexaminada e considerada desnecessária, com a produção do M26 terminando abruptamente. Os veículos sobre lagartas pareciam fazer um trabalho melhor de acordo com o Exército, embora fossem mais complicados e difíceis de manter. Os veículos M26 ainda no estoque do US Army foram colocados à disposição e vendidos para outros países, ou usados ??pelo exército apenas para tarefas pesadas de transporte. À medida que novos carros de combate recém-projetados e colocados em campo aumentaram de peso (M26 Pershing, por exemplo), tornou-se aparente que um veículo de recuperação com reboque acoplado não era mais necessário, particularmente porque caminhões e reboques comercialmente disponíveis estavam disponíveis para marchas rodoviárias e veículos de recuperação com lagartas eram mais adequados para recuperações “off-road”. Seu enorme tamanho e formato interessante garantiram-lhe um lugar no hall da fama dos veículos militares com um design único que foi utilizado para realizar uma tarefa única e perigosa.

A vida operacional dos “Dragons Wagons” se estendeu até a Guerra da Coréia e, mesmo durante os anos 60, o US Army ainda os tinha em seu estoque. Além disso, alguns deles foram vendidos para diversos países como Japão, Bélgica, Áustria, Itália, França, Espanha e Turquia. Várias pranchas foram usadas na vida civil com suas armaduras e modificações militares removidas, transportando cargas 'especiais'.


segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

M108 SPH 105 mm howitzer (40)


O SPH M108 de 105 mm foi desenvolvido para ser o componente de curta distância de uma nova geração de veículos para equipar a artilharia autopropulsada do US Army ao lado dos M109 de 155 mm, o M110 de 203 mm e M107 de 175mm. Surgiu em 1962 como um substituto do M52, um SPH também de 105 mm desenvolvido sobre o chassi do tanque leve M-41 e usado no Vietnam, porém considerado inadequado pelos militares norte-americanos, e que ficou em serviço por poucos anos no exército dos EUA.

O M108 participou com efetividade dos combates no Vietnam, porém foi sendo considerado pouco potente se comparado ao seu irmão maior M109 de 155mm, sendo a partir dos anos de 1970 gradualmente substituído por este no USArmy, e transferido para outros países, dentre eles o Brasil.

Foi operado além dos EUA pela Bélgica, Brasil, Espanha, Taiwan e Turquia. Já aposentado pelos dois primeiros e em processo de substituição no Brasil pelo modelo M109A5+.




Montado sobre o mesmo chassi do M109, está equipado com um obuseiro M103 de 105 mm e 30 calibres que não ultrapassa o comprimento do chassi, disparando projéteis de 15 kg. Pode operar em elevações de -6 graus até 75 graus, com um alcance de 11 km. Pode disparar munição HE, WP (fósforo branco), iluminativas e químicas, além da granada M67 HEAT.  É compatível com todos os modelos de munição 105 mm padrão NATO, a exceção das munições assistidas. Pode acondicionar até 87 disparos.




O chassi é construído em alumínio, proporcionando-lhe baixo peso em relação aos chassis de aço, pesando 21 toneladas. Sua armadura oferece proteção frontal contra projéteis de 12,7 mm AP, com superfícies planas em todos os lados e pequena inclinação sobre o compartimento frontal. O motorista acondiciona-se a esquerda da parte frontal do veículo, tendo o motor a sua direita. A torre em forma de ferradura é arredondada e inclinada na frente e laterais e angulada na parte traseira, acompanhando o desenho do chassi, com uma porta de cada lado. Uma porta traseira no chassi e torre permite o remuniciamento e acesso da tripulação. Possui uma escotilha arredondada na parte superior esquerda onde se monta a luneta de pontaria e outra mais a retaguarda do lado direito com reparo para uma metralhadora 12,7 mm, que proporciona alguma proteção antiaérea e de fogo geral, carregando cerca de 600 disparos deste calibre. Mede 6,1 m de comprimento, 3,15 m de largura e 3,27 m de altura

É guarnecido por uma tripulação de 5 artilheiros que se acomoda no compartimento da torre, sem equipamento de ar-condicionado, aquecedores ou proteção NBC.





















O trem de força é constituído por um motor Detroit Diesel 8V71T com 8 cilindros em V que oferece 425 HPs, acoplado a uma transmissão mecânica Allison XTG-411-2A com 4 velocidade a frente e 2 a ré, permitindo ao veículo desenvolver 56 km/h na estrada com uma relação potência/peso de 20,32 hp/ton. O tanque de combustível comporta 511 litros que abastece um deslocamento de até 386 km.

O chassi está apoiado sobre 7 pares de rodas, valendo-se de suspensão tipo barras de torção que rodam dentro de uma lagarta e distribuem o peso do veículo a uma pressão de 0,69 kg/cm2, sem roletes de retorno, com roda tratora a frente. Suporta gradientes de 60 % e inclinação lateral de 30%, distância do solo de 0,45 m, obstáculo vertical de 0,53 m e trincheira de 1,8 m. Pode efetuar travessias anfíbias com preparação.





segunda-feira, 14 de março de 2016

M41 Walker Bulldog (34)


O carro de combate M41 Walker Bulldog foi concebido na forma de um tanque leve para substituir o M24 Chaffee, projeto bem sucedido mas considerado sub-armado para enfrentar os T-34 na Guerra da Coréia. Ágil e bem armado, este projeto não cumpriu seu intento de aerotransportabilidade pelos meios da época, e embora destinado a cumprir missões de esclarecimento, o US Army o queria dotado de uma arma poderosa.

Sua produção começou em 1951, dotando o exército americano de um veículo barulhento e beberrão, que teve seu batismo de fogo de forma limitada antes mesmo de concluir a maioria de seus testes de pré-produção para fazer frente aos T-34 da Coréia do Norte, nitidamente superiores ao M24. Em 1961 as forças japonesas receberam 150 exemplares.





A partir de 1965 começou a integrar as fileiras do Exército da República do Vietnam, compondo 5 esquadrões e atuando na guerra que acontecia neste país, substituindo os M24 lá existentes. Popularizou-se imediatamente junto aos seus tripulantes asiáticos, que devido a sua pequena estatura o consideraram bem dimensionado, ao contrário das tripulações norte-americanas que o consideravam apertado. Seu sucesso, além das características já mencionadas, se deveu a sua confiabilidade mecânica, simplicidade e excelente dirigibilidade. Enfrentaram com sucesso neste conflito modelos T-54 e PT-76. Em 1973 cerca de 200 unidades estavam em serviço neste país.

Equipou ainda as forças do Exército Brasileiro com cerca de 340 unidades, onde sofreu modificações locais e permaneceu por longo período. A partir de 1997 o EB iniciou sua substituição pelo modelo Leopard I alemão, estando próxima sua conclusão com a substituição total dos modelos M41. Esteve em serviço ainda na Espanha com 180 unidades, Chile com 60, República Dominicana com 12, Guatemala e Nova Zelândia 10 cada, Somália com 10, Filipinas com 7, Taiwan com 675, Tailândia com 200, Tunísia com 10 e Líbano com 20. Muitos ainda estão em serviço. O Uruguai opera modelos de 90 mm e motor Scania diesel modificados no Brasil, mais 24 unidades de características semelhantes doados por este país. Foi operado ainda pela Alemanha, Bélgica, Dinamarca, Jordânia e África do Sul.



Nos EUA sua substituição foi pelo M551 Sheridan com casco de alumínio, canhão de 152 mm capaz de disparar mísseis anticarro para fazer frente a carros de combate pesados, e capacidade de aerotransporte e transposição anfíbia. Seu chassi serviu de base para o M42 Duster antiaéreo e o M75 APC, sendo que os modelos SPG M44 e M52 usaram muitos de seus componentes.

O M41 é um carro de combate leve, pesando 23,5 ton e equipado com um motor Continental AOS-895-3 de 6 cilindros a gasolina e 500 hp, produzindo uma relação potência/peso de 21,3 hp/ton. Ostentando uma blindagem máxima de 38 mm na parte frontal; mede 5,819 m de comprimento; 3,2 m de largura e 2,71 m de altura; sendo tripulado pelos tradicionais 4 integrantes como na maioria dos carros de combate. Está apoiado sobre uma suspensão do tipo barras de torção, com 5 pares de rodas que giram dentro de um par de lagartas com polia tensora a frente e tratora atrás junto ao trem de força. Seu alcance está limitado a parcos 161 km e pode atingir na estrada uma velocidade de 72 km/h. Está artilhado com um canhão principal M32 de 76 mm; uma metralhadora de de 12,7 mm no alto da torre para fogo antiaéreo e uma metralhadora de 7,62 mm para emprego geral.


O modelo brasileiro sofreu grandes modificações pela indústria local, com o objetivo de nacionalizar componentes e reduzir a dependência externa, além de sanar deficiências do veículo original. Foram instalados motores diesel Scania V8 DS14, com alongamento da parte traseira do veículo, acarretando em uma série de consequências inesperadas, que com a mudança do centro de gravidade, resultou em desgaste prematuro das lagartas , quebra frequente do eixo de transmissão, problemas nunca resolvidos. Este modelo designado M41B não agradou e logo o M41C foi implementado com a adição blindagens frontais, periscópios nacionais e um canhão de 90 mm com a utilização do tubo original usinado, substituição das lagartas e colocação de saias laterais, além de outras modificações menores, mesmo assim deixou a desejar. A grande vantagem desta modificação foi a troca do dispendioso motor a gasolina de alto consumo pelo modelo nacional que proporcionou um alcance ao carro de 550 km, frente aos 161 originais.


sexta-feira, 4 de março de 2016

M1 Abrams (32)


O M1 Abrams é o MBT padrão das forças blindadas do US Army e US Marine Corps, equipando também os exércitos de países aliados, como o Egito, Arábia Saudita, Austrália e Kuwait. É considerado um dos mais eficientes MBTs da atualidade, seja pelo protagonismo dos EUA no cenário mundial ou pela sua participação intensa nas campanhas em que está ou esteve envolvido, contabilizando larga experiência de combate. Ele se propõem a rivalizar de frente com qualquer outro similar existente no mundo, destruindo seus adversários e protegendo sua tripulação em todos os cenários concebíveis até então.

Pode atuar em qualquer condição meteorológica, de dia ou a noite em campo de batalha não linear, como é característica dos conflitos recentes, oferecendo aos seus tripulantes poder de fogo, capacidade de manobra e proteção blindada através do uso de sistemas inteligentes de fusão de dados digitais que oferecem alto nível de consciência situacional.

Desde 1980, quando entrou em serviço, 3 versões diferentes foram postas em serviço, sendo o M1 original e seus aperfeiçoamentos M1A1 e M1A2, sendo que mais de 8.800 unidades das três versões já foram entregues aos seus operadores. 

O modelo M1A1, produzido de 1985 a 1993, substituiu o canhão principal de 105 mm da versão anterior por uma peça de 120 mm, além de outras melhorias na suspensão, nova torre, blindagem mais eficaz e sistemas NBC melhorados. A versão A2 incorpora ainda dispositivo de visão IR para o comandante do carro, e sistemas de consciência situacional integrados aos demais veículos da unidade e escalão superior, consolidando o conceito de armas combinadas dentro do conceito de NCW. O US Army está convertendo os modelos M1 em M1A2, ao invés de encomendar novas unidades. Um sistema de mira FLIR e C2 digital também está sendo incorporado.


M1
M1A1
M1A2
Comprimento:
9,77 m
9,83 m
Largura:
3,66 m
Altura:
2,37 m
2,43 m
Velocidade máxima:
72 km/h
67 km/h
Velocidade off-road:
49 km/h
Velocidade aclive 10%:
32 km/h
27 km/h
Velocidade aclive 60%
7,2 km/h
6,6 km/h
Aceleração 0-32 km/h
7 s
7,2 s
Autonomia:
442 km
426 km
Peso:
60 ton
67,6 ton
68,7 ton
Armamento:
M68 A1 105 mm raiado
M256 120 mm liso
Tripulação:
4
Altura do solo:
0,48 m
Pressão sobre o solo:
13,1 psi
13,8 psi
15,4 psi
Trincheira:
1,24 m
1,07 m
Obstáculo vertical:

Motor
Turbina à gás AGT-1500 de 1.500 hp
Relação potência-peso:
25 hp/ton
23,8 hp/ton
21,6 hp/ton
Transmissão:
Hidrocinética 4 marchas a frente a 2 a ré

Em serviço desde 1980, teve seu batismo de fogo quando em agosto de 1990 quando os EUA fizeram frente a invasão do Kuwait pelas forças iraquianas, onde pairavam dúvidas sobre sua capacidade operacional longe de suas instalações de manutenção de tempos de paz e sob o inclemente assédio da abrasão do deserto por meses a fio, bem como da resistência das antenas da torre. Sua logística se mostrou complicada devido ao seu alto peso de mais de 60 ton, tendo na campanha do Kuwait os cargueiros C-5 Galaxy podido transportar apenas 1 unidade por viagem, sendo que em sua maioria foram transportados por navios, demonstrando pouca mobilidade estratégica, característica também de outros carros de combate de peso superior.





Os modelos M1 estão equipados com uma turbina a gás Lycoming Textron de 1.500 hp, acoplados a uma transmissão hidrocinética Allison com 4 marchas a frente e 2 a ré, podendo cruzar até 442 km sem reabastecimento atingindo uma velocidade máxima de 72 km/h. Seu armamento principal é um canhão raiado de 105 mm, com capacidade de fogo tando diurno como noturno dotado de computador balístico digital. Combustível e munição possuem compartimentos protegidos melhorando a capacidade de sobrevivência da tripulação, e o casco dotado de armadura baseada na tecnologia Chobham britânica, podendo ter adições de blindagem reativa, se necessário.

A Guerra do Kuwait foi a oportunidade para se avaliar o desempenho do M1A1 em situação real pois enfrentou os carros russos T-72 com canhão de 125 mm e tecnologia similar, que se mostrou inferior e mais próximo ao M-60, e outros carros mais antigos como os T-62 e T-54, nitidamente inferiores. Sua capacidade de disparar em movimento mesmo em terreno acidentado graças ao canhão estabilizado, com seus dispositivos de visão térmica que permitiam ver a noite, ou sob fumaça e poeira. Pouco tanques foram inutilizados, principalmente para minas, porém nenhum tripulante foi perdido, houveram poucas falhas mecânicas e sua disponibilidade se manteve em 90%, sem precedentes.

O M1A1 é o primeiro aperfeiçoamento do M1, que incorporou uma canhão Rheinmetall de alma lisa e 120 mm M256, que demonstrou precisão a 4.000 m no Iraque, disparando munição APFSDS de urânio empobrecido, com densidade 2,5x maior que o aço e características de penetração superiores. Carrega ainda uma metralhadora de 12,7 mm para o comandante e uma de 7,62 mm para o carregador, além de uma coaxial de 7,62 mm. O comandante do carro dispõem de 6 periscópios para visão 360°, visualizador térmico independente, designação de alvos digital, podendo o comandante disparar o canhão. O imageador térmico exibe suas imagens na ocular do atirador, os dados do telêmetro laser e de velocidade e direção do vento, e nivelamento são transferidos diretamente para o computador balístico, e os dados de tipo de munição, temperatura ambiente e pressão barométrica são alimentados manualmente, que de posse deles calcula a solução de tiro.




O carregador posiciona-se no lado esquerdo da torre e não tem equipamentos de fogo. O motorista possui 3 periscópios com o central equipado com intensificador noturnos, e permitem manobras a noite e com poeira e fumaça.

A torre conta com 2 lançadores de fumígenos M250 de 6 canos, um em cada lado, com granadas de fósforo que mascara assinatura térmica. Possui sistema anti-incêndio e sistema de sobrepressão de ar limpo para proteção NBC, com alertas para agentes nocivos

Os M1A2 estão sendo produzidos a partir de modelos M1 antigos, e sua principal inovação é sua capacidade de comando e controle que resultam no aumento de sua letalidade, que concatena a integração total dos sensores, interface do operador e sistema de armas, dando a consciência situacional semelhante a de um caça moderno, com processadores e monitores de última geração, permitindo alta letalidade e baixo risco de fratricídio. Incorpora uma unidade APU de alta capacidade que permite operar os sistemas com o motor principal desligado. Possui sistema de controle ambiental e alta capacidade de compartilhamento de dados com outras unidades de um sistema da armas combinadas. Seu sistemas estão integrado aos sistemas táticos e logísticos do escalão superior em tempo real, sendo a posição de cada carro constantemente conhecida, conforme os modernos conceitos de NCW.

Foram desenvolvidas ainda o M1A2SEP com sistemas de informação mais apurados e que apresenta as soluções de tiro ao comandante na forma de uma lista de opções de forma automática, bastando a seleção para que o processo se dê de forma totalmente independente dos operadores, aumentando a eficácia pela maior precisão e velocidade de resposta. O Kit TUSK se propõem a disponibilizar um M1 para ambientes de guerra assimétrica com maior proteção a tripulação contra IEDs e operação em ambiente urbano, metralhadora controlada remotamente, módulos de blindagem reativa e a reedição do "telefone do infante", um sistema para comunicação com a tropa a pé.



domingo, 20 de dezembro de 2015

M75 APC (31)



O M75 foi um APC desenvolvido para o US Army para substituir os precários transportes de infantaria da Segunda Guerra Mundial, depois que o exército rejeitou a versão APC do M44, excessivamente grande. Produzido entre 1952 e 1954, os M75 serviram na Guerra da Coréia e foram posteriormente doados para a Bélgica como ajuda militar.

O M44 comportava 24 soldados em seu interior mais 3 tripulantes, o que não se adequava a doutrina que previa grupos de combate de 10 infantes, sendo apenas algumas unidades construídas. Em setembro de 1946 foi autorizada o desenvolvimento de um novo veículo denominado T18, que após testes de aceitação entrou em produção como M75. De silhueta excessivamente alta e custo igualmente elevado sua produção foi interrompida após 1.729 unidades.



O M75 compartilha muitos componentes do chassi e suspensão do M41 Walker Bulldog.  Estava potenciado com um motor Continental AO-895-4 de 6 cilindros a gasolina de 295 hps, refrigerado a ar e com cilindros contrapostos. A suspensão é do tipo barras de torção que apoia o veículo sobre 6 pares de rodas laterais, com polia tratora a frente e tensora a retaguarda. Era construído em aço soldado com blindagem que variava de 25 a 50 mm, pesando em condições de combate 19 ton e com configuração interna igual a do M113.

O veículo cruzava a uma velocidade máxima de 69 km/h, e transportando 568 litros de combustível podia alcançar 185 km sem reabastecimento. mede 5,2 m de comprimento; 2,85 m de largura e 2,75 m de altura. Era armado com um metralhadora de 12,7 mm, o motorista tinha periscópios para visão infravermelha , cruzava vaus de 1,22 m; obstáculo vertical de 0,46 m e fossos de 1,68 m, superando rampas com gradiente de 60 por centro.


terça-feira, 15 de dezembro de 2015

M113 APC (29)



O M113 é um veículo blindado destinado ao transporte de pessoal (APC) desenvolvido no final da década de 1950 pela FMC baseado na experiência adquirida na Guerra da Coréia. Entrou em Serviço no US Army em 1961 substituindo os veículos M75 e M59 no US Army e desde entrão cerca de 85.000 unidades foram produzidas, sendo o veículo blindado mais numeroso já produzido, prestando serviço em mais de 50 países.

É construído em um casco estanque de alumínio balístico totalmente fechado, que lhe proporciona total flutuabilidade, sendo um veículo com capacidade anfíbia plena podendo cruzar águas calmas sem qualquer tipo de preparação, com sua couraça, débil para os dias atuais (12 a 38 mm), oferecendo proteção contra disparos de 7,62 mm e estilhaços de artilharia. Esta construção lhe confere um peso baixo, possibilitando o uso de motor pouco potente e possibilitando o transporte grande carga útil em terreno difícil. Tem o motor montado na parte dianteira a direita com motorista a esquerda, transportando além do motorista e comandante do carro/metralhador um grupo de combate reforçado de até 11 integrantes, que podem deixar o veículo por um rampa traseira dotada de uma porta de emergência, além de escotilhas no teto. Sua impulsão em meio aquático se dá pelo giro de suas lagartas.

Seu armamento é uma metralhadora de 12,7 mm montada na torre do comandante que pode fazer fogo tanto terrestres quanto antiaéreo,  insuficiente para prover apoio a infantaria no campo de batalha dos dias atuais, sendo mais adequada para ações de autodefesa. Apesar de sua longevidade não atende mais as demandas da guerra moderna, estando relegado em exércitos mais abastados a tarefas secundárias, podendo no entanto cumprir um sem número de tarefas que não exijam grande resistência ao atrito de combate do século XXI.





As primeiras unidades estavam motorizadas com uma unidade Chrysler 75M a gasolina de 209 hp acoplada a uma transmissão GM manual, que lhe proporcionava boa mobilidade sobre areia, neve ou lama. A gasolina não é um bom combustível para um veículo militar devido a facilidade com que incendeia. Em 1964 evoluiu para a versão A1 com a motorização a diesel 6V53 de 6 cilindro e 212 hp. A versão A2 de 1979 teve aperfeiçoamentos no sistema de refrigeração do motor e suspensão reforçada. Em 1986 surgiu a versão A3 com casco mais longo, blindagem melhorada resistindo impactos de 12,7 mm, tanques de combustível na parte traseira montadas externamente e igualmente couraçados, motor mais potente de 275 hp.

Participou das guerras do Vietnam (1955-1975), Yon Kippur (1973), Invasão do Panamá (1989-1990), Irã-Iraque (1980-1988), Libertação do Kwait (1991), Kosovo (1998-1999), Afeganistão (2001-) e Ocupação do Iraque (2003-2011), e outros conflitos menores.

Mede 4,86 m de comprimento; 2,69 m de largura e 2,2 m de altura. Pesa 12,3 ton em condições de combate e 10,8 ton vazio, exercendo uma pressão sobre o solo de 7,5 a 8,6 psi. Transporta 2 tripulantes mais 11 infantes em condições de combate. Atinge 66 km/h em terra e 5,8 km/h na água; pode transpor declives de 60% e cruzar por inclinação lateral de 40%; podendo transpor trincheiras de 1,68 m, obstáculos verticais de 0,61 m medido 0,4 m a partir do solo. Em sua versão padrão atual (A3) está motorizado com uma unidade Detroit Diesel 6V53T de 5,2 litros com 275 hp e uma relação potência/peso de 20,2 hp/ton acoplado a uma transmissão automática Allison X200-4B. Seu tanque comporta 360 litros que lhe permite cruzar 483 km sem reabastecimento. A suspensão é do tipo barras de torção e apoia o carro sobre 5 pares de rodas. Estes dados referem-se a versão básica norte-americana podendo variar em cada país usuário de acordo com as modificações implementadas, pois seus usuários promoveram variadas atualizações de meia vida em suas indústrias locais, existindo hoje um grande número de configurações.




A família M113 deu origem a 12 versões originais: M58 e M1059 geradores de fumaça; M106, M125 e M1064 porta-morteiros; M113 ambulância;M548 e M1108 cargueiros, este último é a base do sistema MLRS dos EUA; M577 e M1068 postos de comando; M730 SAM Chaparral; M901 ATGW Tow; M981 Observador Avançado; M163 Vulcan AAé; M667 Míssil Lance;entre outras.

O Brasil possui uma quantidade significativa destes blindados A1 e está modernizando (2015) 434 do exército para o padrão BAE Systems A2Mk1 com motor Detroit Diesel 6V53T Turbo de 265 hP e 30 dos fuzileiros navais para o padrão IMI-MB1 com motor Catterpilar C7 Turbo de 300hp, esta mais sofisticada e cara possibilitada pelo menor número de unidades.





Operadores: 
Afeganistão; Albânia; Alemanha; Arábia Saudita; Argentina; Austrália; Bahrain; Bangladesh; Bélgica; Bolívia; Bósnia Herzegovina; Brasil; Camboja; Canadá; Chile; Cingapura; Colômbia; Coréia do Sul; Dinamarca; Egito; Equador; Espanha; Estados Unidos; Etiópia; Filipinas; França; Grécia; Guatemala; Holanda; Iêmen; Irã; Iraque; Israel; Itália; Jordânia; Kuwait; Líbano; Líbia; Lituânia; Macedônia; Marrocos; Noruega; Nova Zelândia; Paquistão; Peru; Polônia; Portugal; República Democrática do Congo; Somália; Sudão; Suécia; Suíça; Tailândia; Taiwan; Tunísia; Uruguai; Vietnã; 


30