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terça-feira, 10 de dezembro de 2019

T-28 Carro de Combate Médio Russo (43)



O T-28 foi o primeiro projeto soviético de carro de combate médio genuinamente nacional, e um dos primeiros do mundo. Inspirado em conceitos britânicos, teve baixa escala se comparado ao T-26, um projeto anterior de um blindado de suporte à infantaria. Carros de combate de suporte à infantaria eram um conceito anterior a Segunda Guerra Mundial, e tinham desempenho inferior a um blindado de cavalaria onde a velocidade é fator primordial. Neste conceito a velocidade não era um fator importante, já que a função de acompanhar o avanço da infantaria requer a velocidade do soldado a pé.

Seguindo uma especificação de 1929 para um veículo de apoio à infantaria, capaz de “amaciar” posições fortificadas e outras missões afins, este blindado traduz o interesse dos soviéticos pelo conceito britânico multitorre, extraídos dos escritórios de projetos de sua majestade pela espionagem de Stálin. Ao lado dos modelos leves T-26 de 9 toneladas e de sua versão de cavalaria BT, os T-28 compuseram a espinha dorsal das forças blindadas do exército vermelho até meados de 1941.

Baseado nos conceitos britânicos do “A1E1” o T-28 rodou pela primeira vez em 1931, precedido por vários protótipos como o T-12 e o T-24, e foi aceito para o serviço ativo em 1933. Os primeiro exemplares eram problemáticos e apresentavam falhas constantes. Era lento e bem protegido, contando com 2 torres dianteiras com arco de 200º dotadas de metralhadoras que flanqueavam a torre principal de 47 mm, posteriormente substituída por uma arma mais potente de baixa velocidade KT-28 de 76,2 mm com reserva de 70 tiros, acompanhada de uma metralhadora coaxial DT de 7,62 mm modelo 27, e era capaz de atirar com elevação de 25º e alcance de 7.125 m. O modelo B de 1938 adicionou uma metralhadora DT acima da torre principal para uso do comandante com capacidade de fogo antiaéreo e traseiro, sendo o primeiro blindado do mundo produzido em série com essa capacidade.



Era propulsado por um motor V12 M17, localizado na parte traseira da torre principal e transmissão no extremo traseiro, refrigerado a água e que desenvolvida 500 hp, sendo o mesmo usado na propulsão dos modelos Tupolev durante toda a guerra, que lhes conferia uma relação potência/peso de 18 hp/tonelada e velocidade máxima de 37 km/h na estrada, sendo esta relação era uma das melhores de sua época. Usar o motor de uma aeronave tinha várias vantagens, como a produção em larga escala e consequente disponibilidade de peças que facilitava em muito a manutenção, era relativamente leve e tinha como desvantagem o uso de gasolina de alta octanagem, muito volátil e altamente inflamável. O trem propulsor movimentava um par de lagartas apoiadas em 6 boogies com 2 pares de rodas e 4 rolos de retorno de cada lado, com proteção lateral de 20 mm, suspensos por molas de êmbolo, sem amortecedores, com polia tratora na traseira. Tinha 2 tanques de combustível para 23,5 litros cada, um em cada lateral do motor que lhes proporcionavam autonomia de 220 km. O compartimento do motor era separado do de combate, o que proporcionava ruído abaixo da média, maximizando o espaço para tripulação e munição.
Pesava 28,5 toneladas e sua couraça tinha espessura máxima de 30 mm na parte frontal e laterais, o que era suficiente para deter parcialmente projéteis de 37 mm finlandeses e estilhaços de artilharia. A distância do solo era de 700 mm, podia transpor degraus de 800 mm, atravessar valas de 2,9 m, e superar vaus de 0,8 m de profundidade, operando em inclinações de até 20º. Media 7,44 m de comprimento; 2,82 m de altura e 2,81 m de largura.

Tinha um atirador em cada torre lateral, com motorista sentado ao centro e um artilheiro na torre principal acompanhado do comandante e do carregador, totalizando 6 tripulantes. Todos as unidades foram inicialmente equipados com um aparelho de rádio 71-TK-1, substituído em 1935 por um modelo 71-TK-2. Em 1933 eram raros os blindados assim equipados.



A autorização de produção do T-28 ocorreu em 11 de agosto de 1933. O primeiro lote foi prontamente exibido durante o desfile da Praça Vermelha neste ano. A produção começou logo depois na fábrica de Kirov em Leningrado, com o modelo 1934 (T-28A). O próximo passo foi o modelo T-28 1938 (T-28B), com um canhão L-10 de 76,2 mm (3 pol) de maior calibre, com maior velocidade inicial (V0). Era servido por um sistema de estabilização de armas desenvolvido pela AA Prokofiev, que oferecia capacidades antitanque reais e um total de 60 ° de elevação, o que proporcionava maior alcance. A torre ainda tinha uma rotação limitada de apenas 60°. Uma posição com suporte de metralhadora foi montada acima da torre. A propulsão também foi aprimorada com a adoção do motor M17L. Até então, o T-28M (também conhecido como T-28M-1, T-28 Modelo 1938) também era produzido localmente pela Red Putilov Factory. À luz da experiência de guerra na Finlândia, o modelo E (ou oficialmente C) foi desenvolvido com uma armadura de apliques extras. Esses painéis de 50 mm (1,97 pol.) Foram aparafusados nas laterais e na torre do casco, proporcionando um reforço de blindagem para 80 mm (3,15 pol), mas o peso também subiu para 32 toneladas. Isso significava que a velocidade máxima despencou para 23 km/h (14,3 mph) na melhor das hipóteses. Este modelo foi produzido em 1940 em número limitado. No final do ano, veio a última evolução da série, o modelo 1940 ou "D". O último lote de 12 unidades foi equipado com a torre cônica e inclinada do T-35.

A produção terminou no início de 1941, quando o novo e definitivo T-34 veio substituí-lo. Até então, tinha sido o pilar da força de carros de combate médios soviéticos durante o período entre guerras. Quando a operação Barbarossa começou, com um número de produção limitado a cerca de 500 unidades (600 de outras fontes), comparado aos 10.300 T-26s e milhares de BTs, e com as perdas da Guerra do Inverno, era uma visão relativamente rara para a Wehrmacht. Destes, cerca de 270 eram T-28s da série inicial (1933-1937) e 240 da série tardia (1938-40). Os números reais de produção dos modelos de 1934 e 1938 são desconhecidos.

Como era o carro de combate mais importante do arsenal russo em 1935 (pois o T-35 não era muito útil), o T-28 serviu de base para muitos protótipos. Várias armas de autopropulsão, como a SU-8, equipada com um canhão naval de 152 mm (5,98 pol) ou AAé de cano longo de 76,2 mm (3 pol) (modelo 1931), um lança-pontes IT-28, um para detonação de minas e uma variante de lança-chamas OT-28 foram produzidos. Mas também se tornou uma plataforma de teste para novos projetos de suspensão, o que levou ao desenvolvimento do KV-1 e do T-29.

O primeiro experimentou produção em larga escala, mas o segundo, apesar de incorporar muitos aspectos interessantes em torno de uma suspensão adaptada da Christie, nunca saiu do estágio experimental. No entanto, isso levou a uma série de experimentos que culminaram no T-34. Assim, o legado do T-28 deu origem aos 2 carros de combate soviéticos mais famosos e bem-sucedidos da guerra. A principal desvantagem do T-28 foi sua concepção limitada no tempo (a tendência de usar múltiplas torres foi um conceito de curta validade), torre principal limitada e suspensão obsoleta (em 1940), que se mostraram inadequadas para um melhor armamento.



Em 1939, a provisão normal para brigadas blindadas pesadas era de 136 T-28s e 47 BTs. As primeiras ações ocorreram em 1939, quando a maioria das unidades foi lançada na frente sul, na Ucrânia. Muitos estavam comprometidos com as divisões do Extremo Oriente, na fronteira sino-mongol contra o Exército Imperial Japonês. Eles lutaram durante o "incidente de Nomonanh" e em vários outros confrontos nas fronteiras entre agosto e setembro de 1939. Em setembro de 1939, algumas unidades da Frente Central, equipadas com T-28s, invadiram a Polônia. Apenas o canhão polonês 7TP e do Bofors de 37 mm (1,46 pol) AT representaram ser uma ameaça. Registros de perda não são conhecidos.

As próximas ações ocorreram com a Guerra de Inverno (invasão soviética da Finlândia), quando foram lançadas em grandes quantidades contra as linhas de defesa finlandesas fortificadas. Cerca de 200 foram perdidos devido a armas AT, em emboscadas ou contra tiros diretos defensivos. A maioria foi recuperada, reparada e reutilizada, em alguns casos por mais de 5 vezes durante a campanha. As tropas finlandesas conseguiram capturar 7 e reutilizá-los.

A falta de armadura se fez notar nessas perdas, que o T-28M (ou T-28E), com armadura de apliques (acrescentadas), foi rapidamente produzido, e muitos veículos aposentados receberam atualizações adicionais. Esses T-28 com blindagem extra participaram da ofensiva em larga escala contra a linha de Mannerheim no início de 1940 e romperam com sucesso as defesas finlandesas, silenciando posições fortificadas de armas.

Em junho de 1941, 411 T-28s foram relatados em unidades ativas nas fronteiras ocidentais. A maioria foi perdida durante os primeiros 2 meses da Operação Barbarossa devido à ação do inimigo, mas também por avarias mecânicas, causada por uma falta crônica de peças de reposição e uma manutenção geral ruim. Os alemães capturaram pelo menos um deles, assim como os húngaros, pintando grandes cruzes brancas nas torres.

Sua denominação era Beutepanzerkampfwagen T-28 746(r). O restante desses blindados lutou durante a defesa de Leningrado e Moscou. Em 1942, eles estavam irremediavelmente obsoletos e espalhados entre as unidades de treinamento ou desmontados, suas peças reutilizadas em trens blindados e posições defensivas fixas.



domingo, 25 de dezembro de 2016

Bumerang 8x8 (37)



O Bumerang é fruto de uma requisição da defesa russa para um veículo sobre rodas destinado a substituir os BTR-80, BTR-82 e BTR-90 no exército vermelho, e foi desenvolvido em conjunto com outros tipos de blindados incluido IFV sobre lagartas, MBT e SPG. 

O desenvolvimento do BTR-90 no início dos anos 1990 como substituto dos BTR-80 não atendeu as expectativas devido a um custo muito maior para um veículo bem mais complexo, porém com um desempenho melhorado, porém não significativo. Foi adquirido em pequenos números e o BTR-82, um pequena melhoria em relação ao BTR-80 foi a solução temporária. O Bumerang começou a ser entregue em 2013 na forma de lote piloto e em 2015 em maior escala.








O veículo possui a configuração padrão dos veículos desta classe com motor a frete e motorista do lado esquerdo, capacidade de transposição anfíbia com 2 propulsores. Ao contrário dos BTR-80 que tinha motor traseiro e obrigava a infantaria a deixar o veículo por portas laterais com nítida desvantagem, o Bumerang possui porta de acesso traseira e escotilhas na parte superior e apesar de todos os dados ainda não serem conhecidos, deverá carregar uma tripulação padrão de 3 componentes mais um grupo de combate de 9 infantes conforme a doutrina militar russa. 

O veículo conta com tração sobre pneumáticos 8x8 e motor diesel turbo 750 cv, o mesmo do Kurganets-25 IFV com o qual compartilha vários subsistemas. Sua armadura é composta com cerâmica e será inicialmente produzido nas versões K-16 (APC) armado com uma metralhadora 12,7 mm e K-17 (IFV) armado com uma torre remotamente controlada com canhão de 30 mm e ATGWs Kornet-EM. Aceita armadura adicional, porém este acréscimo de peso pode comprometer sua capacidade anfíbia. Possui altura do solo ajustável e parte frontal em V, o que permite uma melhor resistência a explosões vindas do solo provocadas por minas e IEDs.

Pesa cerca de 25 toneladas, portanto mais leve que os Boxer alemão e o Eitan Israelense, tem autonomia de 800 km e velocidade máxima em estrada de 100 km/h. Deverá servir de plataforma para um grande número de versões como porta morteiros e ambulância, entre outras, como é comum neste tipo de blindado.








domingo, 20 de dezembro de 2015

BMP-1 IFV (30)



O BMP-1 (Boyevaya Mashina Peknoty ou veículo de combate de infantaria),foi o primeiro IFV produzido em massa na antiga URSS, desenvolvido para proporcionar a infantaria avançar com fluidez em meio aos escombros resultantes das futuras guerras nucleares que se travariam, repletas de contaminação radiativa, química e bacteriológica. Entrou em serviço 1966 e permanece ativo até os dias atuais, experimentando combate real pela primeira vez nas mãos de egípcios e sírios na guerra do Yom Kippur em 1973. A experiência adquirida neste conflito permitiu a evolução para as versões posteriores.

Seus ROBs previam mobilidade necessária para que os infantes acompanhassem os carros de combate em meio a terra devastada e velocidade condizente em campo aberto e estradas. Seu armamento deveria destruir veículos leves e ter capacidade de apoio a tropa desembarcada ou não, pois esta deveria poder combater do interior do veículo. A blindagem deveria oferecer proteção contra projéteis de 12,7 mm e fragmentos de artilharia, além de projéteis de até 23 mm na parte frontal.




Sua filosofia de desenvolvimento enfatizou a necessidade de desembarque da infantaria da Segunda Guerra Mundial que era transportada em veículos adaptados, que não permitiam o combate embarcado e não ofereciam proteção NBC, atuando como "táxis de combate", recuando após o desembarque. 

O resultado foi um veículo compacto, com blindagem frontal apresentando perfil muito inclinado que aumenta em muito a probabilidade de ricochete e armadura que proporciona proteção contra projéteis de 12,7 m e fragmentos de artilharia pesados de todas as distâncias, e pode resistir a impactos do canhão Oerlinkon de 20 mm para disparos a mais de 100 m, sendo que esta resistência varia de acordo com a fábrica que o construiu. Nas laterais, teto e parte traseira a proteção é total contra disparos de 7,62 mm e fragmentos de artilharia de intensidade moderada, porém é vulnerável a impactos de 12,7 mm próximos e fragmentos de artilharia pesada. Nos conflitos do Afeganistão e Chechênia as portas traseiras e escotilhas foram perfuradas por munição de 7,62 mm disparadas de 30 a 50 metros, porém em testes estas mesmas portas com os tanque de combustível cheios de areia resistiu a impactos de 12,7 mm. Na Guerra do Golfo esta blindagem demonstrou ser vulnerável ao canhão de 25 mm do Bradley. Em todas as situações a torre resistiu bem, pois além de armadura mais grossa é um alvo pequeno. A armadura da torre varia de 13 (30°) a 23 mm (42°), a frontal é de 7 (80°) a 19 mm (36°), a lateral de 16 (14º a 18 mm (0°), sendo de 33 mm o reparo da arma e a parte superior de 6 mm.




Apresenta pouca proteção contraminas anticarro e IEDs, como se verificou no conflito do Afeganistão, com pesadas perdas de motoristas e comandantes do carro. Motoristas passaram a colocar sacos de areia sob o seu compartimento. A partir de 1982 a variante BMP-1Ds passaram a contar com blindagem adicional no compartimento do motorista e comandante. Sua armadura também é insuficiente contra rojões AC, o que levou os infantes soviéticos  no Afeganistão a usarem a parte superior externa do BMP para se acomodarem.

Construído em aço soldado laminado, o veículo é totalmente anfíbio, podendo atravessar águas calmas apenas a velocidade de 8 km/h com propulsão pelas lagartas, com a proteção dianteira contra ondas erguida, que oferece alguma proteção balística adicional, porém não tem capacidade para desembarque marítimo. O motorista está posicionado a frente no lado esquerdo com o motor a direita, atrás dele posiciona-se o comandante do grupo e operando a torre de armas está o atirador, um grupo de mais 8 infantes é transportado no compartimento traseiro. 8 seteiras mais uma, 4 em cada lateral e uma na porta traseira, permitem que os infantes façam fogo do interior do veículo, que é apertado e não permite o transporte interno de muito equipamento pessoal, que deve ser transportado a retaguarda da torre na parte externa, limitando seu giro. O combustível é acomodado entre os assentos, assim como baterias e ferramental. 4 escotilhas na parte superior permite acesso dos infantes ao exterior, assim como uma porta na parte traseira que também possui tanque de combustível. Atirar pela seteiras com o veículo em movimento requer treinamento apurado, nem sempre disponível, mas é muito útil em combates urbanos.




O motorista dispõem de 3 periscópios, podendo ser instalados períscópios com intensificador de visão noturna binocular. O posto do comandante dispõem de holofote infravermelho removível com dispositivo binocular com ampliação e modo dia/noite para 400 metros e radiocomunicador. A torre é de operação elétrica e seu giro é prejudicado pela posição do holofote, que requer a elevação da arma principal para ser feito. Quando a arma está apontada para trás impede a abertura das escotilhas da tropa. O atirador dispõem de periscópio dual dia/noite com ampliação 6x e intensificador noturno, telêmetro ótico e holofote infravermelho/luz branca. 

O armamento consiste em um canhão de baixa pressão 2A28 Grom de 73 mm de operação semi-automática para alvejar veículos até 700 m  com cadência de 8 a 10 TPM, que deve retornar a elevação de 3° após cada disparo para carregamento se o carregador automático for usado, e sua munição PG-15V pode penetrar blindagens de até 350 mm. A muniçãp PG-9 modernizada pode penetrar até 400 mm a até 500 m. O OG-15V tem o dobro da carga do PG-15V e é utilizado contra alvos macios ou tropas. Uma metralhadora PKT 7,62 mm é monta coaxialmente ao canhão. Devido a ênfase ao fogo anticarro esta configuração de armamento não foi efetiva contra infantaria fortificada, devido ao limitado ângulo vertical da arma. Sobre o reparo do canhão montou-se o lançador para o ATGW 9M14 Malyutka (AT-3A Sagger A) para alvos entre 500 e 3000 m, de disparo diurno e com veículo parado. Carrega 2 cargas na torre e 2 no casco. A recarga das ATGW é problemática sob condições NBC, pois a abertura do compartimento pode contaminar o interior.



O veículo está potenciado com um motor diesel UDT-20 de 6 cilindros em V de 15,8 litros e 300 hp acoplado uma transmissão manual de 5 marchas com tanque de combustível de 462 litros que lhe proporciona um autonomia de 600 km. Pode cruzar a 65 km/h na estrada e 45 km/h fora dela. Supera obstáculos verticais de 0,7 m de trincheiras de 2,5 m. Pode operar a inclinações laterais de 25° e superar ladeiras de até 35º. Sua suspensão do tipo barras de torção apoiam 6 rodas de cada lado que distribuem o peso do carro sobre sua lagarta, com polia tratora a frente e tensora a ré, que exerce uma pressão sobre o solo de 0,6 kg/cm², podendo atravessar terreno pantanoso e neve. A relação potência/peso é 22,7 hp/ton.

Mede 6,73 m de comprimento, 2,94 m de largura de 2,068 m de altura. Pesa 13,2 ton e mede 0,37 m do solo.  A baixa silhueta e compacidade do veículo são um de seus pontos fortes a distribuição motor, compartimento da infantaria e depósitos de munição se tornaram padrão para muitos APCs/IFVs.  O tanque de combustível entre os assentos da infantaria os torna vulnerável a explosão deste e os tanques na porta traseira só devem ser usados em deslocamentos para aumentar o alcance. Em combate devem ser preenchidos com areia aumentando a proteção. A ausência de ar-condicionado torna sua operação complicada em climas quentes forçando a abertura das portas superiores, tornando a infanatria vulnerável a atiradores em posições superiores. Alguns modelos de exportação foram equipados.



Mais de 20.000 unidades foram produzidas na URSS e nas fábricas licenciadas da república Tcheca, Romênia e Índia. A China produziu uma versão não licenciada, cerca de 3.000 unidades.




Operadores

Abkhazia, Afeganistão, Albânia, Angola, Argélia, Azerbaijão, Belarus, Brunei, Bulgária, Camboja, China, Coréia do Norte, Costa do Marfim, Cuba, Egito, Eslováquia, Guiné Equatorial, Eritréia, Etiópia, Geórgia, Grécia, Hungria, Índia, Irã, Iraque, Israel, Kasaquistão, Líbia, Mongólia, Marrocos, Moçambique, Moldávia, Myannar, Ossétia do Sul, Polônia, Quirguistão, República Democrática do Congo, República Nagorno-Karabakh, República Tcheca,Romênia, Ruanda, Rússia, SADR, Sri-Lanka, Sudão, Síria, Tadjquistão, Turcomenistão, Ucrânia, Uruguai, Uzbequistão, Vietnam, Yemen.


quinta-feira, 7 de maio de 2015

2S19 MSTA-S 152 mm Howitzer SPH (15)



O 2S19 MSTA-S é um obuseiro autopropulsado russo montado em um chassi sobre lagartas comum ao carro de combate T-80, equipado com um tubo de 152 mm e entrou em serviço no exército russo em 1989. Construído pela Uraltransmash destina-se a equipar as unidades divisionárias do exército deste país. Sua versão rebocada denomina-se MSTA-B.




Sua arma principal é um obuseiro 2A64 de 152 mm e 47 calibres, fabricado em Volgogrado, possuindo um alcance de 22,7 km (28,9 km com base bleed), operando em elevações de +68º a -3º, com deriva de 360º. Dispara uma variedade de munições de alto-explosivo de fragmentação (HE-FRAG), alto-explosivo de fragmentação base bleed (extensores de alcance), granadas de submunições e grana guiada a laser. Existe ainda uma granada de guerra eletrônica equipada com interferidor de comunicações com 700 m de raio de influência. A granada krasnopol (guiada a laser) destina-se ao fogo anticarro com alcance de 20 km e guiagem inercial de meio curso, probabilidade de acerto de 90%. Possui ainda uma metralhadora PZU-5 Utes de 12,7 mm para fogo antiaéreo controlada remotamente, e três lançadores fulmígenos em cada lado da torre. Transporta 50 projéteis, que pesam 42-44 kg, de 152 mm e 300 de 12,7 mm. Sua guarnição é de cinco e sete homens, dependendo da forma de operação.


A entrada em posição e remuniciamento são efetuados de forma automática com uma cadência de 8 tpm, podendo uma baterias de oito peças bater uma área com três toneladas de explosivo em um minuto. Toda a munição fica acondicionada na torre e a recarda se dá em qualquer ângulo. O sistema de controle da peça é integrado ao controle de tiro, totalmente informatizado. Um sistema automático seleciona o tipo de munição a partir da ordem de tiro, providencia o carregamento, o disparo e o recarregamento, bem como o número de tiros. Cartucho já utilizados são descartados automaticamente sem acúmulo de gases no interior do veículo. Um mecanismo de remuniciamento permite que munição vinda do exterior do veículo seja rapidamente alojada dentro da torre.


É propulsado por um motor diesel policombustível montado na traseira (mesmo do T-72), tipo V84A com injeção direta e quatro tempos, com potência de 840 hp, sendo modelos mais antigos equipados com o motor V46-6 de 780 hp; podendo atingir uma velocidade 63 km/h e autonomia de 500 km. Esta assentado em uma suspensão do tipo barras de torção com amortecedores hidráulicos com seis pares de rodas de apoio, polia tratora na traseira e tensora na dianteira. Possui snorkel que possibilitar atravessar rios de até 1 km e 5 m de profundidade. Se equipado com lâmina pode escavar uma trincheira para se posicionar em 40 minutos.


Está em serviço nos exércitos do Azerbaijão, Bielorrússia, Etiópia, Geórgia, Rússia, Ucrânia, Venezuela e Marrocos. Pesa 42 ton, mede 11,92 m de comprimento com a arma a frente; 6,04 m de comprimento do casco; 3,58 m de largura e 2,98 m de altura. opera a 30% de inclinação lateral, supera rampas de 60%, obstáculo vertical de 0,85 m, trincheira de 2,8 m e vaus de d 1,2 sem preparação.