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segunda-feira, 14 de março de 2016

M41 Walker Bulldog (34)


O carro de combate M41 Walker Bulldog foi concebido na forma de um tanque leve para substituir o M24 Chaffee, projeto bem sucedido mas considerado sub-armado para enfrentar os T-34 na Guerra da Coréia. Ágil e bem armado, este projeto não cumpriu seu intento de aerotransportabilidade pelos meios da época, e embora destinado a cumprir missões de esclarecimento, o US Army o queria dotado de uma arma poderosa.

Sua produção começou em 1951, dotando o exército americano de um veículo barulhento e beberrão, que teve seu batismo de fogo de forma limitada antes mesmo de concluir a maioria de seus testes de pré-produção para fazer frente aos T-34 da Coréia do Norte, nitidamente superiores ao M24. Em 1961 as forças japonesas receberam 150 exemplares.





A partir de 1965 começou a integrar as fileiras do Exército da República do Vietnam, compondo 5 esquadrões e atuando na guerra que acontecia neste país, substituindo os M24 lá existentes. Popularizou-se imediatamente junto aos seus tripulantes asiáticos, que devido a sua pequena estatura o consideraram bem dimensionado, ao contrário das tripulações norte-americanas que o consideravam apertado. Seu sucesso, além das características já mencionadas, se deveu a sua confiabilidade mecânica, simplicidade e excelente dirigibilidade. Enfrentaram com sucesso neste conflito modelos T-54 e PT-76. Em 1973 cerca de 200 unidades estavam em serviço neste país.

Equipou ainda as forças do Exército Brasileiro com cerca de 340 unidades, onde sofreu modificações locais e permaneceu por longo período. A partir de 1997 o EB iniciou sua substituição pelo modelo Leopard I alemão, estando próxima sua conclusão com a substituição total dos modelos M41. Esteve em serviço ainda na Espanha com 180 unidades, Chile com 60, República Dominicana com 12, Guatemala e Nova Zelândia 10 cada, Somália com 10, Filipinas com 7, Taiwan com 675, Tailândia com 200, Tunísia com 10 e Líbano com 20. Muitos ainda estão em serviço. O Uruguai opera modelos de 90 mm e motor Scania diesel modificados no Brasil, mais 24 unidades de características semelhantes doados por este país. Foi operado ainda pela Alemanha, Bélgica, Dinamarca, Jordânia e África do Sul.



Nos EUA sua substituição foi pelo M551 Sheridan com casco de alumínio, canhão de 152 mm capaz de disparar mísseis anticarro para fazer frente a carros de combate pesados, e capacidade de aerotransporte e transposição anfíbia. Seu chassi serviu de base para o M42 Duster antiaéreo e o M75 APC, sendo que os modelos SPG M44 e M52 usaram muitos de seus componentes.

O M41 é um carro de combate leve, pesando 23,5 ton e equipado com um motor Continental AOS-895-3 de 6 cilindros a gasolina e 500 hp, produzindo uma relação potência/peso de 21,3 hp/ton. Ostentando uma blindagem máxima de 38 mm na parte frontal; mede 5,819 m de comprimento; 3,2 m de largura e 2,71 m de altura; sendo tripulado pelos tradicionais 4 integrantes como na maioria dos carros de combate. Está apoiado sobre uma suspensão do tipo barras de torção, com 5 pares de rodas que giram dentro de um par de lagartas com polia tensora a frente e tratora atrás junto ao trem de força. Seu alcance está limitado a parcos 161 km e pode atingir na estrada uma velocidade de 72 km/h. Está artilhado com um canhão principal M32 de 76 mm; uma metralhadora de de 12,7 mm no alto da torre para fogo antiaéreo e uma metralhadora de 7,62 mm para emprego geral.


O modelo brasileiro sofreu grandes modificações pela indústria local, com o objetivo de nacionalizar componentes e reduzir a dependência externa, além de sanar deficiências do veículo original. Foram instalados motores diesel Scania V8 DS14, com alongamento da parte traseira do veículo, acarretando em uma série de consequências inesperadas, que com a mudança do centro de gravidade, resultou em desgaste prematuro das lagartas , quebra frequente do eixo de transmissão, problemas nunca resolvidos. Este modelo designado M41B não agradou e logo o M41C foi implementado com a adição blindagens frontais, periscópios nacionais e um canhão de 90 mm com a utilização do tubo original usinado, substituição das lagartas e colocação de saias laterais, além de outras modificações menores, mesmo assim deixou a desejar. A grande vantagem desta modificação foi a troca do dispendioso motor a gasolina de alto consumo pelo modelo nacional que proporcionou um alcance ao carro de 550 km, frente aos 161 originais.


quarta-feira, 20 de maio de 2015

Alvis Scorpion FV101 (21)



O Alvis Scorpion é um carro de combate leve de reconhecimento sobre lagartas, construído para atender um requerimento do British Army de 1966 para um veículo deste tipo. Entrou em serviço em 1973 no Reino Unido com 1.500 unidades construídas para esta força servindo até 1994, sendo construídos outros 1.500 para clientes de exportação.

É um veículo de desenho convencional com motor a frente e torre a retaguarda, com carcaça construída em duralumínio, o que lhe garantiu um dos menores pesos em sua categoria, de 8 ton, sendo que um C-130 Hércules pode transportar dois deles. A proteção blindada protege contra impactos de 12,7 mm. A pressão sobre o solo é de um soldado a pé, o que lhe confere excelente desempenho em solos moles como áreas pantanosas, característica muito conveniente durante a Guerra das Falklands/Malvinas.



Foi potenciado com um motor a gasolina Jaguar J60 de 4.2 litros depois substituído por um diesel Cummins BTA de 5.9 litros e 190 hp. Desenvolve uma velocidade de 80 km/h e tem autonomia de 756 km. A suspensão é do tipo barras de torção e assenta o veículo sobre cinco rodas de apoio, com polia tratora a frente e tensora a retaguarda. Mede 5,288 m de comprimento; 2,134 m de largura e 2,102 m de altura; com tripulação de 3 integrantes. A relação potência/peso é de 22,92 hp/ton.


Foi armado com um canhão de 76 mm L23A1 com capacidade para disparar granadas HE, HESH e Smoke podendo armazenas 42 unidades de munição. O canhão pode mover-se de +35 a -10º e a torre gira 360º, podendo atirar a seis TPM com alcance de 2.200 m. Conta ainda com uma metralhadora 7,62 mm montada na torre e outra coaxialmente ao canhão, com reserva de 3.000 projéteis. Possui dois lançadores tripos ou quádruplos para granadas fumígenas, um em cada lado da torre. A versão Scorpion 90 foi armada com um canhão Cockerill Mk3 M-A1 de 90 mm para o mercado de exportação.



Foi equipado ainda com proteção NBC, tela de flutuação dando-lhe capacidade semi-anfíbia, e intensificadores de imagem.

Além do Reino Unido foi ou é usado pela Bélgica, Botsuana, Brunei, Honduras, Irã, Indonésia, Irlanda, Jordânia, Malásia, Nova Zelândia, Nigéria, Omã, Filipinas, Espanha, Tanzânia, Tailândia, Togo, Venezuela e Emirados àrabes Unidos. Sua torre foi adaptada pelos canadenses ao chassi do MOWAG Piranha I para criar o AVGP Cougar. Seu Chassi deu origem a outros veículos originais como o FV102 Striker (ATGW), FV102 Spartan, FV104 Samaritan (ambulância), FV105 Sultan (C2), FV106 Samsom (recuperação), FV107 Scimitar (arma de 30 mm). Outras versões desenvolvidas por conta dos operadores também existem. Experimentou ação real nas Guerra das Falklands/Malvinas, Guerra do Golfo e Guerra Irã-Iraque.






domingo, 26 de abril de 2015

M24 Chaffee (6)



O M24 Chaffee foi um carro de combate leve desenvolvido para substituir o carro de combate Stuart da 2ª Guerra Mundial. Entrou em serviço em 1944 e experimentou ação nos meses finais da guerra. Atuou nas guerras da Ciréia e Vietnam em ações de reconhecimento e apoio a infantaria.

O projeto se originou da necessidade do US Army de um tanque leve com canhão de 75 mm, capaz de substituir os canhões de 37 mm do M3 Stuart. Experimentou-se a evolução do projeto do Stuart, mas logo se tornou claro que um novo chassi seria necessário. Possui 2 motores gêmeos Cadillac 44T24 de 8 cilindro e 110 hp cada, acoplados a uma transmissão hydramatic com 8 marchas a frente e 2 a ré. A suspensão é pelo sistema de barras de torção e possui cinco pare de rodas de apoio além das polias tratora a frente e tensora atrás, com três roletes de retorno, com motor montado na parte traseira. A produção totalizou 4.731 unidades. Foi artilhado com um apela de 75 mm M6 L/40, uma metralhadora 7,62 mm na frente e uma 12,7 mm uma torre.



O veículo demonstrou poder de fogo, velocidade e agilidade no campo de batalha, tendo como ponto fraco a blindagem, propositadamente mantida leve para conferir mobilidade superior, característica de um veículo de reconhecimento. Demonstrou ser um veículo de combate confiável e seu chassi serviu para um grande número de empregos como o obuseiro M37 de 105 mm e um modelo howitzer de 155 mm, entre outros. Construiu-se ainda o T9 e T13 como utilitários, O T23 e T23 além do T33 como transportadores, O T9 como Lâmina bulldozer e o T6E1 como veículo de recuperação.

Foi adotado por grande número de países aliados dos EUA. Pesa 18,4 ton; mede 5,56 m, tem 3 m de altura de 2,77 de altura; relação peso/potência de 16,09 hp/ton; pode transpor vau de 1,02 m e obstáculo de 0,92 com fosso de 2,44 m; e alcance operacional de 161 km. Foi substituído no US Army pelo M41 Walker Bulldog.