terça-feira, 12 de maio de 2015

M3 Stuart (16)


O M3 Stuart é um carro de combate leve para reconhecimento de campo de batalha fabricado pelos EUA durante a Segunda Guerra Mundial. Foi o primeiro carro de combate norte-americano a participar da guerra, já que foi fornecido aos ingleses antes dos EUA entrarem. Seu desenvolvimento foi fruto da avaliação de que o tanque leve M2 estava obsoleto e não atendia as novas demanda de combate. Sua produção iniciou em 1941 de se estendeu até 1943, quando deu lugar ao M24 Chaffee nas linhas de produção e campos de batalha. Foram construídos cerca de 25.000 exemplares.




Em relação ao seu antecessor teve a blindagem reforçada, suspensão modificada e novo sistema de recuo. Foi armado com o mesmo canhão M5 de 37 mm e cinco metralhadoras Browning M1919A4: Duas diametralmente opostas nos lados do veículo apontada para a frente, um coaxial ao canhão, uma na torre para fogo antiaéreo e a última a frente do casco no lado direito.

O motor era um a gasolina Continental W-670 de 7 cilindros dispostos radialmente, refrigerado a ar de 250 hp de uso aeronáutico, montado na traseira com polias motoras na parte da frente e eixos de transmissão pelo meio do compartimento de combate. O carro pesa 14,7 ton com relação peso/potência 17,82 hp/ton; mede 4,33 m de comprimento; 2,47 m de largura e 2,29 m de altura. Possui uma blindagem de 13 a 51 mm, suspensão com molas helicoidais e tripulação de quatro integrantes. Desenvolve 58 km/h e tem autonomia de 119 km.




O Stuart entrou em combate com o British Army no norte da áfrica com resultados medíocres. As grandes perdas foram atribuídas a melhores tátitcas e treinamento alemães do que a inferioridade em relação aos blindados alemães. Os britânicos listaram deficiência do armamento principal e desenho ruim do layout interno com apenas dois tripulantes na torre. A fluidez da guerra no deserto também revelou a pequena autonomia deste carro. Sua velocidade era apreciada bem como sua confiabilidade mecânica. Foram usados principalmente na função de reconhecimento, muitos com a torre suprimida para diminuir o peso (Stuart Recce), outros como carros blindados simples (Stuart Kangaroo), sendo alguns convertidos em em veículos de comando (Stuart Command).




Os soviéticos também o utilizaram considerando-o com blindagem deficiente e propensos a pegar fogo. Como utilizam combustível de aviação de alta octanagem não se adequou a sua logística, onde a maioria dos carros usavam diesel ou gasolina de baixa octanagem. A lagartas estreitas não eram adequadas a lama da primavera russa e neve de inverno, além de que sua pequena autonomia foi considerada inadequada para um veículo de reconhecimento. Foi utilizado pelos americanos pela primeira vez na guerra do pacífico nas operações nas selvas do sudeste asiático, com resultados positivos naquele teatro de selva. Devido a suas deficiências de armamento e blindagem foi usado até o fim da guerra primordialmente para reconhecimento, sendo paulatinamente substituído pelo M24 e M4 Sherman nas missões de choque. No Pós guerra os excedentes foram fornecidos a vários países, atuando ainda em campanhas na índia e na áfrica.




Esteve em serviço nas forças da Austrália, Bélgica, Brasil (350 M3A3/A5), Canadá, Chile, China, Taiwan, Colômbia, Cuba, Checoeslováquia, Rep Dominicana, Equador, El Salvador, França, Grécia, Haiti, Hungria, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Holanda, Nova Zelândia, Nicarágua, Paraguai (o último usuário), Filipinas, Polônia, Portugal, África do Sul, Rodésia do Sul, Turquia, Reino Unido, Uruguai, EUA, URSS, Venezuela e Iugoslávia.

Um grande número de variações foram implementadas a este projeto, com modificações de meia vida de grande monta feitas em países como o Brasil, que o mudou radicalmente.





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