sábado, 13 de junho de 2015

Centauro B1 (27)


O centauro B1 é uma veículo blindado de reconhecimento sobre rodas desenvolvido pelo consórcio Iveco-OtoMelara, originalmente como caça tanques. Seu desenvolvimento seguiu a filosofia de um veículo com o poder de fogo do Leopard I, porém de alta mobilidade, com capacidade de deslocamento com meios próprios a grandes distâncias. Sua missão é proteges os elementos das leves da arma de cavalaria, sua produção iniciando em 1991 e encerrando em 2006.

Esta guarnecido por um canhão OtoMelara de 105 mm e 52 calibre, equipado com luva térmica e exaustor integrado, podendo disparar toda a munição padrão OTAN, inclusive as de energia cinética, com 14 projéteis acomodados na torre e 26 no casco. Seu co ntrole de fogo é o mesmo montado no Ariete MBT sendo um computador balístico totalmente digital fornecido pela Galileu Avionica Turms. O sistema é totalmente estabilizado e conta telêmetro laser, visão termográfica e intensificador de visão noturna.



A blindagem é de aço soldado com proteção contra munição de 25 mm na parte frontal, podendo receber blindagem modular a ser aparafusada no casco. Possui ar-condicionado com proteção NBC e lançadores de granas quádruplos em cada lado da torre e receptor laser de alerta.

Está potenciado com um motor IVECO V6 turbodiesel com 520 hp acoplado a uma transmissão automática ZF com 5 marchas a frente e 2 a ré. Possui tração 8x8 e sistema de gerenciamento da pressão dos pneus de dentro do veículo. O sistema de direção atua nos dois eixos dianteiros, podendo alcançar 108 km/h, superar rampas de 60%, inclinação lateral de 40% , vaus de 1,5 sem preparação. O raio de curva é de 9 m, e a autonomia de 800 km.



Pesa 24 ton e possui relação potência/peso de 19,35 hp/ton. Mede 7,85 m de comprimento; 2,94 m de largura e 2,73 m de altura. è tripulado por 4 integrantes com as funções padrão. A suspensão é independente do tipo MacPherson.

Atuou nas guerras da ex-Iugoslávia, Somália e Iraque. Está em serviço nos exércitos Italiano, espanhol, Jordaniano e Omã.




terça-feira, 9 de junho de 2015

AMX-56 Leclerc (26)



O Leclerc é o MBT padrão do exército francês que surgiu para substituir o AMX-30 nas fileiras desta força. É considerado hoje o mais moderno MBT em serviço e iniciou seu serviço ativo em 1992. Totalizou 406 unidades para a França e 388 unidades para os Emirados Árabes Unidos, sendo considerado o mais caro MBT de todos os tempos quando de sua estréia (cerca de 9,3 milhões de Euros). Seu fabricando é a tradicional GIAT, agora Nexter.




Sempre com vistas as novas gerações de MBTs soviéticos, e seu antecessor (AMX-30) mostrando-se nitidamente inferior, em 1964 foram iniciados os estudos visando a concepção de um novo modelo. Após uma parceria frustrada com a Alemanha e descartando outros modelos existentes, os franceses decidiram por um projeto próprio. Opós rejeitar a concepção Chobhan britânica de blindagem, o AMX-56 nasceu com uma blindagem equivalente de 400 mm, uma composição de titânio e tungstênio, composta com camadas semi-reativas, sendo considerada uma proteção de 4ª geração. Esta composição almejou alcançar o dobro de proteção em relação às blindagens existentes contra penetradores de energia cinética (SABOT). Possui capacidade modular, onde camadas adicionais de armadura podem ser adicionadas a medida que forem sendo desenvolvidas. A torre está equipada com placas de blindagem reativa. Possui ainda lançadores quádruplos para granadas fumígenas em cada lado da torre.




Após um período de testes em lotes de pré-série onde problemas no motor e suspensão vieram a tona, o lote 5 entrou em serviço definitivo, sendo que até o ano de 2005 os lotes anteriores foram modernizados para o padrão do lote 10. Atualmente 4 regimentos franceses operam este MBT com cerca de 60 unidades cada, com outras 100 em reserva pronta.




Está armado com um canhão de alma lisa de 120 mm e 52 calibres do mesmo fabricante CN120-26, capaz de disparar a munição padrão da OTAN. Possui camisa térmica e sistema de extração de fumaça por ar comprimido operado automaticamente. De carregamento automático, reduz a tripulação para 3 integrantes, podendo disparar a 12 TPM. Carrega 6 tipos diferentes de munição, porém não pode alternar automaticamente o tipo a ser usado, estando sempre 22 unidades em condições de carregamento. Pode disparar a 50 km/h em alvos a 4 km de distância. Opera ainda uma metralhadora de 12,7 mm e uma outra de 7,62 mm operada remotamente. O controle de fogo é digital com integração automática dos visores NVG e IR tando do artilheiro como do comandante do carro, e outros sensores presentes nos MBTs modernos.

Está potenciado com um motor diesel SACM V8X-1500 de 8 cilindros em V e 1500 hp, acoplado a uma transmissão automática SESM ESM500 de 5 marchas a frente e 2 a ré. Pesando 57,4 ton na versão mais moderna, possui uma relação potência/peso de 27,52 hp/ton. Pode desenvolver 72 km/h na estrada com uma autonomia de 550 km (1300 litros), podendo instalar tanques externos para até 650 km (1700 litros). Os tanques extras limitam a rotação da torre e devem ser removidos quando em combate. A suspensão é do tipo hidropneumática e apoia o carro sobre 6 pares de rodas que rodam em conjunto com a lagarta, com polia tensora à frente e tratora a retaguarda junto ao compartimento do motor. Possui uma APU Turbomeca para suporte aos sistemas com o motor desligado, que atua também como turbocompressor do motor. É um dos mais ágeis MBTs do mundo na sua faixa de peso, acelerando de 0 a 32 km/h em 6 segundos. Mede 9,87 m de comprimento; 3,6 m de largura e 2,53 m de altura.

Sua experiência de combate é moderada uma vez que só atuou em conflitos de baixa intensidade como forças de pacificação a serviço da ONU (Kosovo) e da OTAN (sul do Líbano).





sábado, 30 de maio de 2015

Daimler Ferret FV701 (25)



O Ferret é um veículo blindado de reconhecimento sobre rodas, semi-anfíbio, construído no Reino Unido no período de 1952 a 1971 pela empresa Daimler, em cerca de 16 variantes e 4.400 exemplares. Foi muito usado pelo British Army e outros países, sendo ainda operado por alguns. Desenvolvido para substituir os veículos desta categoria remanescentes da Segunda Guerra Mundial, herdou muitas de suas características do Dingo e do Canadian Lynx Ford.

Foi construído em um chassi monobloco mais amplo e com seus elementos mecânicos alojados no interior, os que o tornou um veículo mais baixo mas muito barulhento e desconfortável. Incorporou tração 4x4 e pneus "run-flat", e uma torre dotada de metralhadora de M1919 .30 pol. Três lançadores de granadas fumígenas foram instalados em cada lado do casco, com tripulação de 2 ou 3 integrantes com motorista na posição central. Algumas versões não tinham torre (Mk1) e outras foram armadas com mísseis anticarro.

É um carro robusto capaz de enfrentar terrenos difíceis, além de ser rápido e pequeno, o que lhe permite operar facilmente em ambientes urbanos. Mede 3,7 m de comprimento; 1,91 m de largura e 1,88 m de altura. Está potenciado com um motor Rolls-Royce B60 Inlet a gasolina de 130 hp e pesa 3,7 ton com uma resultante relação potência/peso de 31,5 hp/ton. Pode cruzar a uma velocidade de 93 km/h com uma autonomia de 310 km. A blindagem é de 12 mm nas laterais e 30 mm na frente.




Foi ou está sendo usado pelas forças de África do Sul, Austrália, Burkina Faso, Canadá, Congo, EAU, Filipinas, França, Gana, Hong Kong, Índia, Indonésia, Iraque, Jamaica, Jordânia, Líbano, Malásia, Myanmar, Nepal, Nova Zelândia, Paquistão, Portugal, Reino Unido, Rodésia, São Cristovão e Nevis, Sri Lanka, Sudão, Uganda, Zambia e Zimbábue. Também foi usando com a bandeira da ONU no Congo em 1962.








    domingo, 24 de maio de 2015

    Panzerhaubitze PzH 2000 Howitzer SPH (24)




    O Panzerhaubitze PzH 2000 é um obuseiro autopropulsado de 155 mm desenvolvido para serviço no exército alemão pelas tradicionais empresas Krauss-Maffei Wegmann e Rheinmetall. Entrou em serviço em 1998 baseado no chassi do MBT Leopard 2 com 185 unidades encomendas. Também está na ativa dos exércitos italiano (70 unidades), Holanda (64 unidades), Grécia (24 unidades) e Croácia (15 unidade de segunda mão). Lituânia (16 unidades) e Qatar (24 unidades) aguardam entregas a partir de 2015. Deve vir a substituir os M109 em muito mais exércitos da OTAN.


    É o mais sofisticado sistema de artilharia do ocidente com um alcance de até 40 km, e foi concebido para substituir com vantagens os M109 do exército alemão, o qual superou com larga vantagem. Possui recarga automática podendo disparar de 10 a 13 tpm de forma continuada, dependendo do aquecimento do tubo, sistema de gerenciamento de munição e medição automática de temperatura da câmara. Dois operadores podem repor sessenta projéteis e respectivas cargas de projeção em 12 minutos. Possui uma arma de 155 mm com 52 calibres e freio de boca; com elevação de -2,5º a +65º e 360º de deriva. A carga de projeção é modular com seis unidades, sendo 5 iguais. O alcance é de 30 km para projéteis convencionais (os mesmos do M109 e FH70), sendo que o alcance de 40 km é atingido por projéteis assistidos. As peças dispõem de radar para medição da velocidade inicial do projétil com transmissão automática á central de tiro. Em 2013 a Raytheon e o exército alemão qualificaram o M982 Excalibur para uso junto este obuseiro, com alcance de até 48 km e precisão de 3 metros. Todos os dados de sensores são integrados automaticamente por um computador de bordo, acoplado a um computador balístico e a central de tiro em outro veículo via datalink.



    Está equipado com periscópios para visão noturna e telêmetro laser, além de periscópio para tiro direto com o artilheiro e designação de alvos com o chefe da peça. É tripulado por 5 integrantes: chefe da peça, motorista, artilheiro e dois carregadores para remuniciamento, que atuam no caso de falha do sistema automático e na reposição de munição ao veículo.




    Está potenciado com um motor diesel MTU 881 Ka-500 de 8 cilindros de 986 hp, acoplado a uma caixa de transmissão automática de 4 velocidades Renk HSWL 284C. Pesa 55,8 ton em ordem de marcha, desenvolvendo uma relação potência/peso de 17,67 hp/ton. Pode ser transportado por um C-17. Desenvolve uma velocidade de 67 km/h e pode atingir uma distância de até 420 sem reabastecimento, armazenando 503 litros. A suspensão é do tipo barras de torção e apoia o veículo sobre sete rodas de apoio que rodam dentro de uma lagarta com polia tensora a retaguarda a tratora a frente junto ao motor. A blindagem é de 70 mm de aço, podendo receber blindagem adicional reativa. A blindagem da torre é de alumínio para reduzir o peso. Possui APU para operação com o veículo desligado.



    Mede 11,7 m de comprimento com tubo a frente (7,87 m somente o casco); 3,6 m de largura e 3,1 m de altura. O sistema de posicionamento da arma determina automaticamente a deriva do tubo, altitude em relação ao nível no mar e ângulo de sítio. Possui sistema GPS integrado a sensores no motor para navegação. Opera a 30% de inclinação lateral; 60% de rampa; supera trincheira de 3 m; 1,1 m de vau sem preparação e  1,5 m de obstáculo vertical.

    Foi utilizado em combate no Afeganistão e demonstrou ser excessivamente pesado para estradas não preparadas, bem com seu sistema NBC construído para operar na Europa não deu conta da excessiva poeira daquele teatro.






    sábado, 23 de maio de 2015

    Boxer GTK (23)


    O Boxer GTK é um veículo blindado multifunção 8x8 de concepção alemã e Holnadesa, para substituir no exército alemão o TPZ Fuchs 1 o no exército Holandês os M113 e M577, com cerca de 600 para os alemães e 400 para os holandeses. Iniciou-se como um projeto conjunto entre Alemanha, França e inglaterra; mas a França se retirou em favor de VBCI em 1999, sendo que a Holanda se agregou ao projeto em 2001. Em 2003 a Inglaterra se retirou em favor do FRES, mas voltou a demonstrar interesse em 2007. Em 2009 o primeiro Boxer entrou em serviço no Exército Alemão. Foi usado pelos alemães no Afeganistão.

    Este veículo é produzido pela ARTEC, grupo formado pela Krauss-Maffei Wegmann e Rheinmetall em Munique. Com tamanho superior aos seus congêneres; pesa 33 ton pronto para o combate (25,2 ton o veículo)e mede 7,88 m de comprimento; 2,99 m de largura e 2,37 m de altura. Possui projeto modular, com módulos de serviço que podem ser trocados em 60 minutos. Os módulos disponíveis são APC, IFV, porta-morteiro, C2, ambulância, logística, reparação, SAM, e apoio de fogo.



    Possui blindagem de aço duro, donde pode ser fixada blindagem modular com parafusos, incluindo placas de cerâmica. Aceita novos tipos a serem desenvolvidos e possui proteção contra minas antipessoal e IED com assentos suspensos, sendo que protege ainda contra pequenas bombas na parte superior. Possui ainda certo grau de discrição contra radares, buscadores térmicos e sensores acústicos. Cada módulo incorpora uma célula de segurança com piso triplo.

    Está potenciado com um motor MTU 8V 199 TE20 diesel de 711 hp montado a frente,  acoplado a uma transmissão Allison HD4070 totalmente automática com sete velocidades a frente e três a ré, desenvolvendo uma relação potência/peso de 21,54 hp/ton. Cruza a uma velocidade de 103 km/h e tem autonomia de 1.100 km. Esta armado com um lançador de granadas de 40 mm ou uma metralhadora de 12,7 mm (M3M). Pode ser transportado pelo A400M. possui grande número de componentes comerciais, pode transportar 8 ton dentro de um espaço de 14 m³. A suspensão é independente e a  pressão dos pneus é gerenciada por sistema único de dentro do veículo. A operação é suave e silenciosa oferecendo conforto a tripulação básica de três integrantes mais oito soldados, com alto desempenho em terreno muito ruim e condições meteorológicas extremas.

    Além do sistema de extinção de incêndios, possui ar-condicionado, proteção NBC, câmera traseira e assentados da tripulação com airbags. Supera trincheiras de 2 m, inclinação lateral de 30% e rampa de 60%, com distância do solo de 0,504 m.








    quinta-feira, 21 de maio de 2015

    VW Constellation 31.320 6x6 (22)



    VW Constellation 31.320 6x6 foi desenvolvido pela MAN Latin América para atender as necessidades do Exército Brasileiro de uma viatura capaz de transporte pesado fora da estrada, em substituição aos cansados Mercedes Benz/Engesa LG-1519 6x6 em uso desde a década de 70, e apresentou desempenho superior às especificações para as quais foi desenvolvido, após severos testes em condições críticas realizados pelo próprio Exército, superando as expectativas.

    Destina-se a tracionar obuseiros pesados de 155 mm e sua munição, transportar pontes de engenharia portáteis e servir a aplicações críticas como o transporte de conteineres pesados, sendo dimensionado para o transporte off-road de 10 toneladas.




    Tendo como base um modelo comercial amplamente usado no Brasil, esta nova viatura contará com uma massa crítica logística das mais favoráveis e um suprimento de peças de reposição amplo e disponível.

    É equipado com um moderno motor Cummins ISC 315 de 6 cilindros em linha e potência de 315 cv a 2000 rpm e torque de 131 mkgf a 1300 rpm, uma transmissão ZF 16S 1650 com câmbio de 16 velocidades, entre eixos de 3740 mm e chassi com longarinas duplas, que lhe oferece resistência a impactos muito fortes. Conta com 2 tanques de combustível de 275 litros cada.

    Pode transpor vaus de até 1 metro de água, vencer rampas de 60% e superar obstáculos com 30% de inclinação lateral. Graças a seus pneus 14,00R20 com suspensão com molas semi-elípticas invertidas e sua tração superior, pode vencer sem problemas terreno elameados  e irregulares, com ritmo forte e sem derrapar ou atolar.