O Alvis Stalwart
é um caminhão militar anfíbio construído pela britânica Alvis para o exército
britânico. Foi usado ainda pela Austrália, Canadá, Sri Lanka e Suécia. Entrou em serviço
no Reino Unido em 1966 para transporte geral de carga, e devido a sua capacidade anfíbia e alta
mobilidade “off road”, foi o responsável pelo
abastecimento de unidades em campo, mesmo em terrenos difíceis. Descende da
mesma linhagem dos carros Alvis Saracen, Saladin e Salamandra.
Este veículo é construído em um chassi estanque que lhe confere capacidade anfíbia. O motor, um Rolls Royce à gasolina de 8 cilindros em linha, arrefecido à água, de 6,5 litros e 220 cv a 4.000 rpm, acoplado a uma transmissão de 5 velocidades; está alojado abaixo do compartimento de
carga na parte de trás do veículo, tendo as caixas de transmissão montadas a sua frente. O compartimento
de carga está fechado com um painel “drop down” de cada lado.
Mede 6,356 m de comprimento; 2,616 m de largura; 2.312 m de altura; 2 x 1,524 m de entre eixos; pesa 14 ton brutas, com capacidade de carga de 5 ton. O tanque de combustível comporta 455 litros, outorgando-lhe uma autonomia de 824 km. A suspensão é independente com barras de torção e 22 amortecedores hidráulicos. Possui 6 pneus 14.00 x20. A velocidade máxima em terra é de cerca de 64 km/h, pode superar trincheiras de até 1,52 m.
O motorista fica
acomodado no centro da cabine, tendo um passageiro de cada lado, com acesso por
escotilhas circulares tipo "submarino" no telhado, e acesso com apoio nos pneus e degraus mais acima.
Pode carregar
cinco toneladas no chassi e rebocar dez. É impulsionado na água por unidades de jatos de impulso vetorado, a cerca de 11 km/h (6 nós). O sistema de transmissão é
complexo e carente de manutenção constante. Dezenove litros de óleo no motor, mais Onze na caixa de velocidades e cincoenta e seis de fluido hidráulico. Existem um ainda grande número de fluidos e lubrificantes necessários em todo lugar. Há selos, mangueiras, juntas, gaxetas e tudo mais, em mais lugares do que se pode imaginar, um verdadeiro pesadelo de manutenção e logístico.
O British Army removeu seus propulsores s
quando se constatou desnecessária a manutenção da capacidade anfíbia, para
reduzir peso e esforço de manutenção.
Suas
impressionantes qualidades “off road” se dão devido ao fato de não possuir
diferenciais, utilizando em seu lugar engrenagens cônicas simples. A mudança
de direção se dá como nos veículos de lagarta, com três rodas travando juntas e girando a mesma velocidade, dispensando muitas engrenagens de transmissão. A caixa de transferência possui uma unidade de travamento capaz de fazer as seis rodas trabalharem juntas como uma unidade.
Devido a este
sistema de transmissão singular, este veículo exige treinamento especial a seus
condutores, pois seus componentes são forçados a rodar a mesma velocidade mesmo em
curvas, o que leva ao estresse e ruptura de componentes, quando dirigido com imperícia. Este
veículo não pode ser conduzido em superfícies “duras” como asfalto ou
pavimento, com riscos de danos a transmissão. Outro problema é que o veículo
foi concebido para trânsito carregado, e rodar vazio causa desgaste prematuro
da transmissão.
O FV620 foi o
primeiro modelo. O FV622 Stalwart
Mk 2 serve para serviços gerais. Tem uma tripulação de 2 homens, embora um
terceiro assento possa ser montado à direita do condutor como uma modificação
de campo. Também pode transportar 38 soldados totalmente equipados ou
ainda 5 Ton carga. Seus propulsores aquáticos lhe conferiam uma velocidade de 16 km/h. O FV623 Stalwart
Mk 2 é um veículo de remuniciamento de artilharia. Tem um lugar extra na
cabine para o operador do guindaste hidráulico ATLAS 3001/66 instalado na área
de carga. FV624 é um
veículo de reparação com um guindaste diferente do FV623.
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