sábado, 16 de maio de 2015

Marder IFV (17)



O Marder IFV é um veículo desenvolvido para equipar a infantaria mecanizada do exército alemão e acompanhar o MBT Leopard I nos campos de batalha, substituindo o Schutzenpanzer Lang HS.30. Seu desenvolvimento começou em 1960, sendo as primeiras unidades entregues em 1971 e produção até 1975 com 2.136 veículos entregues. O Puma, que deverá substituí-lo já está finalizado e pronto para produção a partir de 2015.

Construído pela Rheinstahl, é um veículo de concepção convencional para o combate de infantaria e acompanhamento de carros de combate. Construído todo em aço soldado oferece proteção contra o fogo de armas leves e estilhaços de artilharia, além de munição perfurante de até 20 mm, sendo que as versões mais recentes resistem aos disparos do canhão de 30 mm do BMP-2. O motorista está acomodado do lado esquerdo com o motor a sua direita. Além do motorista o veículo leva um artilheiro e seu comandante, transportando mais seis soldados de infantaria sentados de costas um para o outro e com condições para o combate de dentro do veículo, o qual é acessado por uma rampa traseira.




O Marder possui suspensão por barra de torção e possui seis pares de rodas de apoio que rodam dentro da lagarta, polia tensora a retaguarda e polia tratora a frente, a três roletes de retorno, com amortecedores hidrostáticos. No centro do casco está montada uma torreta para dois ocupantes com escotilha para o comandante do carro, equipada com um canhão Rheinmetall Mk 20 Rh202 de 20 mm e disparo automático controlado de dentro do carro, com uma metralhadora MG3 7,62 mm montada coaxialmente a esquerda do canhão. Carrega 1.200 unidades de 20 mm e 5.000 de 7,62 mm. A versão 1A2 carrega ainda um ATGM Milan com mais seis unidades de reserva. As versões 1A1 e 1A2 possui duas seteiras de cada lado para fogo de infantaria do interior do veículo, sendo a versão 1A3 não as possui devido a acréscimos na blindagem. Dispõem ainda de seis lançadores para granadas fumígenas montados na torre. A versão 1A1 tem um metralhadora montada na traseira controlada de dentro do veículo.




É propulsado por um motor diesel MTU MB 833 Ea-500 de seis cilindros com 591 hp a 2.200 rpm, com radiadores montados a traseira do casco em ambos os lados da rampa. O motor aciona uma caixa de transmissão  de engrenagens planetárias de quatro velocidades a frente e quatro a ré. Uma unidade de travagem hidrostática na caixa fornece a direção do veículo. Transporta 652 litros de combustível com autonomia de 500 km, podendo cruzar a velocidade de 75 km/h nas primeiras versões e 65 km/h nas versões mais recentes com blindagem mais pesada. Pode cruzar vaus de 1,5 m ou 2,5 m com preparação. 

Pesa 28,5 ton (A1 e A2) ; 33,5 ton (A3)e 37,5 ton (A5). Possui relação peso/potência de 21,1 hp/ton e mede 6,79 m de comprimento; 3,24 m de largura e 2,98 m de altura, e distância do solo de 0,45 m.




Sofreu ao longo da vida inúmeras atualizações como melhorias na blindagem com consequente aumento de peso e reforço na suspensão (A3), rearranjo de escotilhas e torre, modificações no sistema de aquecimento,  instalação de intensificadores de imagem noturnos e periscópios termográficos e sistemas de criptografia (A4) e proteção avançada contra minas (A5), ar condicionado e camuflagem multi-espectral (A5A1). Serviu de base para a concepção do TAM argentino e como portador de SAMs Roland. Não foi exportado inicialmente, sendo que o Chile adquiriu 280 veículos de segunda mão.

Entrou em combate no final da carreira no Afeganistão, onde demonstrou eficiência e simpatia de suas tripulações, porém estas sentiram a falta do ar condicionado que lhes causou grande estresse físico.




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